A polêmica reforma e ampliação do Hospital do Monte Castelo, zona Sul de Teresina, ganhou, em junho, uma nova previsão de entrega à população. É que o prédio deveria ter sido finalizado em 2012, mas por problemas na execução da obra a Prefeitura Municipal de Teresina precisou realizar uma nova licitação para continuar com o trabalho de revitalização do hospital que, de acordo com a nova placa afixada na construção, deve ser em novembro.
Segundo informações obtidas junto a PMT, a entrega do hospital em 2012 não aconteceu em razão da empresa contratada na primeira licitação, que não pôde continuar com os trabalhos e parou a obra. Sendo assim, a prefeitura rescindiu o contrato, em comum acordo com a antiga empresa, e teve que esperar os prazos burocráticos para realizar uma nova licitação, que elencou a nova construtora que está trabalhando no andamento da construção do hospital. Para evitar novos problemas, a Prefeitura tem feito vistorias regulares na obra.
Segundo o mestre de obras João Alves de Carvalho e o apontador Júlio José de Sousa, a obra encontra-se em 50%, e em razão do período de carência, deve ser entregue apenas em dezembro à população: “A nossa previsão é dezembro, por causa do mês de carência. Estamos trabalhando pra isso, mas têm coisas que não dependem só da gente”, afirma Júlio.
O valor total para a reforma e ampliação do Hospital do Monte Castelo, nesta segunda licitação, custou R$ 2.484.418,14 aos cofres da prefeitura, a execução da obra foi contratada por meio da Fundação Hospital de Teresina – FHT.
Reforma vai aumentar a capacidade de atendimento
Desde 2012 o hospital está em obras, com o objetivo de atender melhor à população da zona Sul, visto que a demanda estava maior do que o serviço oferecido. Após o término da construção, previsto para dezembro, o hospital passará a funcionar com 39 leitos, onde 28 são enfermarias clínicas e 11 são destinadas à puericultura. Também serão construídos cinco consultórios médicos e um odontológico. Além disso, as novas instalações incluem biotério, estacionamento, lavanderia, casa de máquinas, rouparia, auditório, cozinha, administração, refeitório, espaço para repouso, vestiário, sala de esterilização e almoxarifado.
Segundo informações obtidas junto à Fundação Hospitalar de Teresina, as novas instalações são modernas e adequadas para o funcionamento do hospital, construídas com materiais de fácil limpeza e manutenção. Antes o hospital possuía apenas quatro pilares, após a reforma o número aumentou para 278.
Em atividade desde agosto de 1978, o Hospital do Monte Castelo ficava aberto 24h para emergências, e das 7h às 18h para exames, consultas e serviços ambulatoriais. Antes da reforma o hospital contava com 20 leitos, sendo seis destinados para a pediatria e 12 para clínica médica (oito femininos e quatro masculinos) e dois destinados para a observação de pacientes.
Pacientes preferem atendimento da UIS
Enquanto o prédio do Hospital do Monte Castelo está em reforma, o atendimento do hospital foi realocado para a (UIS) Unidade Integrada de Saúde do Monte Castelo, localizada nas proximidades. Lá, são realizados serviços de urgência, emergência, pediatria e clínica médica, com um médico pediatra e um clínico geral. Os casos de internação e outras especialidades são encaminhados a outros hospitais de Teresina.
Segundo os pacientes, embora a Unidade Integrada de Saúde tenha um porte menor, o atendimento realizado lá é mais célere do que o das antigas instalações do Hospital do Monte Castelo: “Eu achei melhor a mudança pra cá do que lá, porque aqui é mais rápido o atendimento. Lá o espaço era muito grande para poucos funcionários”, diz Milena de Oliveira, usuária da Unidade. Maria da Cruz Ferreira, que também usa os serviços do local, diz que prefere a Unidade Integrada de Saúde que o antigo Hospital do Monte Castelo: “Como aqui o pessoal só atende urgência, as outras coisas foram lá pro Hospital do Saci e aqui ficou mais vago”, pontua.