O secret?rio regional da C?ritas brasileira no Estado de S?o Paulo, Antenor Rovida, disse que os refugiados palestinos, que chegaram ao Brasil dia 21 de setembro, est?o muito ansiosos para se integrar ? cultura e no mercado de trabalho. Segundo ele, o grupo n?o reclamou da dificuldade da l?ngua. De acordo com Rovida, uma palestina, que esperava para fazer exames m?dicos em uma cl?nica, tentou se comunicar com uma brasileira e para isso pegou as anota?es que tinha feito durante as aulas de portugu?s.
"Quando a gente estava no atendimento m?dico, uma senhora muito sorridente sentou-se ao lado de uma mulher (brasileira) e come?ou a conversar com ela. Fazia gestos e tirou da bolsa uma papel com sol, lua, bom dia. Ela falava a palavra e traduzia em ?rabe", disse Rovida.
As seis fam?lias (25 pessoas) que ficaram em S?o Paulo s?o, na maioria, mu?ulmanas. No dia em que chegaram, tomaram caf? da manh? em uma mesquita na Grande SP. No dia seguinte, os refugiados foram ao supermercado.
Segundo o secret?rio, alguns refugiados falam ingl?s e uma mulher sabe um pouco de franc?s. O grupo ? bem heterog?neo. Tem uma menina de 7 anos que ainda n?o foi alfabetizada. H? tr?s engenheiros, um tradutor, um padeiro, um mec?nico e um casal de economistas, que trabalhou no Minist?rio da Economia do governo Iraquiano.
As aulas de portugu?s tamb?m j? come?aram. Elas est?o sendo realizadas pela manh?, durante tr?s horas, em tr?s dias da semana.
"A gente percebe, num primeiro momento, uma alegria e uma euforia muito grandes. No curso de portugu?s, a gente v? uma certa ansiedade. Eles querem recuperar o tempo perdido. Eles t?m pedido muitas coisas - quando vamos ter emprego, quando vamos ter documentos. Estamos trabalhando para moderar essa ansiedade deles", disse Rovida.
De acordo com o secret?rio, todos os jovens em idade escolar ir?o para a escola p?blica. "Isso j? vai come?ar no come?o do m?s que vem. Eles v?o como ouvintes, mesmo sem dominar a l?ngua, para ir se enturmando".
O Brasil recebeu os refugiados como parte do Programa de Reassentamento Solid?rio, do Minist?rio da Justi?a, que j? atendeu v?timas de conflitos na Col?mbia que n?o se adaptaram a outros pa?ses do continente.