Uma fiscalização realizada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) no Hospital e Maternidade Dona Evangelina Rosa, na zona Sul de Teresina, encontrou inúmeras irregularidades, ausência de poucos leitos para os nascidos e falta de equipamentos.
De acordo com o presidente do CRM, DR. Emanuel Fontes, o principal problema é a ausência de profissionais.
“Encontramos uma situação grave e verificamos a ausência de profissionais médicos. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) está com quadro completo, mas há uma Unidade de cuidados que não dispõe de uma escala completa, deixando muitas crianças desassistidas. Nós temos muitas situações e quando você coloca uma criança fora de uma UTI, isso já é por si só algo extremamente grave. As unidades do Centro Cirúrgico também deveriam ter um pediatra exclusivo, mas este tem que se dividir entre outras alas e acaba não dando assistência necessária. Além da deficiência dos leitos, o mais grave é a deficiência de profissional”,afirma.
O Hospital e Maternidade Evangelina Rosa é a principal instituição que atende gestantes e bebês no Estado e são poucos leitos para recepção destes. “Nasce uma criança com um problema, ela fica dentro da sala do Centro Cirúrgico e não tem para onde ir. Quando ela fica nesta sala, obviamente bloqueia o Centro Cirúrgico que não pode ser utilizado para outros procedimentos, como um parto ou uma curetagem, já que está sendo ocupado”, acrescenta Emanuel.
Denúncias foram enviadas para o CRM que deverá entrar com medidas mais enérgicas. A Maternidade, por meio de uma nota, informou que está sendo reforçado os trabalhos de higiene dentro do local e que 12 profissionais a mais estão dentro do contingente. A nota diz os outros problemas também serão sanados.
Ainda segundo a nota, a Maternidade atende outros estados e, por mês, chega a fazer mais de mil partos mensalmente, o que sobrecarrega o atendimento da Unidade.
Para o CRM, medidas urgentes serão tomadas.