O trabalho de remoção dos aguapés do Rio Poti foi iniciado durante o final de semana. Para não onerar os cofres municipais, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH) determinou que o serviço seja realizado pelas equipes de limpeza das lagoas, de forma emergencial neste ano.
“O prefeito Dr. Pessoa está muito preocupado com a questão ambiental e com as finanças da Prefeitura. Por este motivo, a saída que encontramos foi remanejar algumas equipes de limpeza que já atuavam nas lagoas para que elas trabalhem também no Rio Poti. Essa redistribuição das equipes será mantida até dezembro, que é quando se reinicia o período chuvoso”, esclarece o secretário da SEMDUH, Edmilson Ferreira.
O trabalho de remoção dos aguapés está sendo realizado em parceria com as Superintendências de Ações Administrativas Descentralizadas (SAADs). O secretário explica, porém, que a Prefeitura só realizará o serviço esse ano, pois a responsabilidade da limpeza do rio não deve ser do poder municipal.
“A origem dos aguapés é o despejo de esgoto in natura no Rio Poti, que é um ente federal. Entendemos que o cuidado com o rio deve ser obrigação da União. Quando o esgotamento sanitário de Teresina era de competência da Agespisa, a retirada dos aguapés era feita pela própria Agespisa, visto que a poluição se dá, justamente, pela falta de esgotamento. Quando a concessão do esgotamento foi transferida para a empresa Águas de Teresina, a Prefeitura passou a arcar com a responsabilidade de retirar os aguapés, o que é um grande erro, visto que os recursos são escassos e não é a Prefeitura que provoca a poluição do Poti”, frisa o gestor.
Segundo o contrato de concessão, a cobertura de esgotamento sanitário suficiente para evitar o despejo de esgoto no rio levaria entre 10 e 12 anos para ser finalizada e o custo para a Prefeitura é muito alto. “Defendemos que a retirada dos aguapés deve ser uma atividade realizada pela Agespisa, pela Águas de Teresina e pela União, em conjunto. Mas nos colocamos à disposição para dar suporte, por meio de parcerias”, completa Edmilson Ferreira.