Ribeirinhos sofrem na areia quente para tirar água do Rio Madeira, que enfrenta seca histórica

Ribeirinhos caminham na areia quente para tirar água do Rio Madeira; menor nível em 6 décadas

Moradores coletando água do rio quase seco | Michael Dantas/AFP
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A pequena comunidade de Paraizinho, vizinha ao município de Humaitá (AM), enfrenta uma crise hídrica sem precedentes. A seca severa transformou o leito do Rio Madeira, antes caudaloso, em uma extensa faixa de areia quente, dificultando a busca por água. Este é o quinto mês consecutivo de seca extrema no estado do Amazonas, com temperaturas próximas dos 40º C e um nível de água no Madeira mais baixo desde o início do monitoramento em 1967.

PASSOS NA AREIA QUENTE

Os moradores de Paraizinho, obrigados a caminhar sobre a areia ardente, enfrentam desafios diários. A travessia fluvial para Humaitá, essencial para obter água e alimentos, tornou-se uma tarefa dolorosa. A seca também comprometeu a pesca e a agricultura, principais fontes de renda da comunidade. 

DIFICULDADES

À AFP, o líder comunitário João Ferreira explica que a água vai para “as famílias mais vulneráveis, que têm pacientes com hipertensão e diabetes”. "Imagine uma pessoa com hipertensão fazendo essa tarefa. Seria muito difícil", enfatiza Ferreira.

Diante da escassez de água, os vizinhos tratam a água do rio com cloro e a usam para tomar banho e lavar pratos e roupas.

CRISE AGRAVADA COM INCÊNDIOS

situação é agravada pelos incêndios florestais na Amazôniaque duplicaram em comparação ao ano passado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os incêndios são, em sua maior parte, de origem criminosa e frequentemente ligados à exploração agrícola das terras.

presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende anunciar medidas para enfrentar a seca em uma visita a Manaus nesta terça-feira (10).

Com informações da AFP via O Globo

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