Rio Itapecuru agoniza em Codó no Maranhão

Codó, um dos 10 que ficam às margens do Itapecurú, neste caso, não é exceção

Rio Itapecuru agoniza em Codó no Maranhão | Imirante
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O maior e mais importante rio do Maranh?o tem aproximadamente 1.500 kms, percorre o correspondente ? 16% de nossas terras, abastece 75% da capital do Estado, S?o Lu?s, passa por cerca de 45 cidades do interior e des?gua na ba?a de S?o Jos?, golfo maranhense. Apesar de tamanha import?ncia, ? um sofredor em diversos munic?pios por ele banhados. Cod?, um dos 10 que ficam ?s margens do Itapecur?, neste caso, n?o ? exce??o.

Esgoto na Cidade

A imagem do esgoto sem qualquer tratamento que jorra em seu leito o dia inteiro no bairro Santo Antonio, pr?ximo ? ponte da trizidela, entristece. Soma-se ? isso a extra??o de areia manual ou por meio de dragas, a sangria do matadouro p?blico e o concreto armado que substituiu sua mata ciliar no que foi anunciado como ?prainha?.

Os moradores da cidade n?o o poupam. Os pontos da margem mais visitados s?o sempre os que exalam maior mau cheiro. ?A gente encosta mesmo porque ? o jeito. Tem carni?a, sujeira, tudo enquanto este pessoal joga aqui dentro?, reclamou a dona-de-casa, Maria de Jesus Alves.

O lavrador, Jos? Ribamar de Sousa, mora no povoado Gameleira. Utiliza o rio para se locomover e vender a produ??o da ro?a em balsas improvisadas de talo h? mais de 16 anos. ? outro que diz ver de tudo, com muita tristeza, descendo nas ?guas que o ajudam a sobreviver. ?Tudo eles jogam neste rio, coisa ruim. Eu fico triste quando eu vejo, mas eu preciso dele direto?, disse.

Vazantes na Zona Rural

A a??o humana degradante existe na zona urbana e na rural de Cod?. O que muda ? apenas a forma de maltratar o Itapecur?. Na ?rea rural, a mata ciliar est? devastada. Perdeu espa?o para as vazantes. Em livramento, o lavrador Dilmo Costa da Silva, mostra uma extens?o de quase 2 kms onde ele e outros agricultores cultivam verduras e legumes. Como ? ?poca de cheia do rio, atualmente aguardam o baixar das ?guas para recome?ar o plantio.

Conta que j? fizeram reuni?o com os lavradores do lugarejo margeado pelo rio onde foi dada orienta??o para se acabar com as vazantes. ?Falaram que a gente n?o podia trabalhar aqui na beira do rio, a? ficamos pensando ? agora ficou dif?cil porque a gente trabalha aqui e do qu? que n?s vamos viver? Vamos continuar, se n?o tiver outro lugar para n?s trabalharmos. Vamos voltar para o mesmo lugar e plantar tudo de novo, quiabo, maxixe, vinagreira?, afirmou Dilmo da Silva.

O diretor do departamento de Meio Ambiente, Augusto Serra, entende que algumas mudan?as t?m acontecido, dado ao trabalho de conscientiza??o desenvolvido no munic?pio. ?Primeiramente tem sido feito uma conscientiza??o, o departamento tem ido ?s comunidades, sobretudo, as ribeirinhas conversar, explicar pra eles da import?ncia da preserva??o do rio. A gente tem percebido que tem melhorado significativamente. A popula??o tem um grau de consci?ncia maior embora haja aqueles que ainda insistem em ir de encontro ao que prev? a legisla??o ambiental? disse o diretor.

Iniciativa Privada

Augusto Serra tamb?m falou sobre a participa??o da iniciativa privada, que, segundo ele, est? despertando para a quest?o ambiental. ?O que h? de mais importante nesse momento ? a iniciativa tomada pela iniciativa privada onde empreendimentos come?am a perceber a import?ncia deles estarem participando dessa preserva??o?, explicou mostrando cartazes anunciando a revitaliza??o de nascentes, cujo trabalho ser? desenvolvido pela Associa??o de Prote??o ao Meio Ambiente e ao Ecoturismo com o apoio do grupo FC Oliveira.

?E tem a ASA que em parceria com a AMAVIDA, ? um projeto a n?vel de estado, que tamb?m j? tem dois projetos para revitaliza??o de nascestes, que ? o projeto olho d??gua. Ent?o tudo isso nos faz crer que j? h? uma consci?ncia maior por parte da popula??o e que os resultados ir?o surgir em breve dando assim uma nova dimens?o nessa quest?o da preserva??o do rio?, finalizou.

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