Rio terá investimento de R$ 1 bilhão para a consrução de novos hotéis até 2016

Multiplicar número de estabelecimentos na cidade é um desafio

Rio de Janeiro | Arquivo
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Até 2016, a previsão é de investimento de R$ 1 bilhão na construção de 20 novos hotéis no Rio, principalmente na região do Porto e na Barra da Tijuca e no Recreio, na Zona Oeste do Rio. O setor de turismo vai ter que investir em obras e em ritmo acelerado. Multiplicar o número de hotéis na cidade é um desafio para 2016. O Rio não tem acomodações suficientes para receber os visitantes que vão desembarcar na cidade durante as Olimpíadas.

A prefeitura, no entanto, já conta com um plano de emergência: três a quatro mil pessoas seriam acomodadas em navios. Para atender à exigência do Comitê Olímpico Internacional (COI), faltam 12 mil quartos. A cidade tem hoje 28 mil quartos. Mas o setor hoteleiro está otimista. ?Acho que os quartos de hotéis a gente pode chegar entre oito e dez mil, porque já há muitos anunciados.

Há redes já anunciando que vão fazer 1.800, 2 mil quartos, então eu acho que vai ter uma aceleração muito grande. Agora, essas vilas olímpicas também são importantes porque você supre, por exemplo, os atletas, a imprensa. Talvez uns dez mil quartos de vilas olímpicas também seriam muito importantes?, disse Alfredo Lopes, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). Na Vila Panamericana, que abrigou os atletas durante o Pan de 2007, dois anos depois os tapumes ainda não foram retirados. Segundo a Secretaria municipal de Urbanismo, o habite-se da Vila do Pan foi concedido em 10 de março de 2008.

A licença demorou, ainda de acordo com a prefeitura, porque depois da ocupação durante o Pan foram realizadas várias obras para as unidades se tornarem residenciais, já que tinham sido projetadas para serem alojamento de atletas. Algumas intervenções ainda estão sendo realizadas, por isso os tapumes continuam no local. E para receber bem um mundo de gente, de uma só vez, a Associação da Industria Hoteleira já começou a treinar os funcionários de hotéis. Eles vão ter, inclusive, aulas de inglês e espanhol. Já no quesito segurança, dobrar o número de policiais nas ruas é um dos compromissos: de 38 mil para 62 mil homens.

O maior desafio é formar novos profissionais. ?Nós vamos perseguir esta meta e pretendemos aumentar de forma significativa o nosso efetivo, mas não em função dos Jogos. Em função de dar ostensividade, em função de atender a população porque eu tenho certeza que se nós atendermos a população e estruturarmos as instituições de segurança nós estamos dando tranqüilidade para a cidade e para o estado do Rio de Janeiro?, disse o secretário de Segurança José Mariano Beltrame. O Rio também deve contar com o reforço da Força Nacional de Segurança, assim como nos Jogos Panamericanos. No Pan, nenhum incidente foi registrado. Mas as Olimpíadas vão exigir mais do que um plano de emergência.

A meta é reduzir os índices de criminalidade até 2016, com medidas como a restrição do uso de armas de fogo e a ampliação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas favelas da cidade. Hoje, os policiais ocupam as comunidades de Santa Marta, em Botafogo; Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme, na Zona Sul do Rio; e Cidade de Deus e Batan, na Zona Oeste. Segundo o secretário de Segurança, já existe uma lista com cem comunidades que devem receber o policiamento. E já há planejamento para 43, mas ele não fala em prazo.

?A velocidade da implantação desse projeto, ele vai se dar na medida que a academia me formar policiais. Porque para o projeto da UPP é condição que o policial seja recém-formado?, disse o secretário que não informou quais comunidades seriam inicialmente beneficiadas. E tudo o que acontece na cidade vai ser monitorado 24 horas pelo Centro de Comando, Controle, Comunicação e Inteligência. Com a ajuda de computadores e câmeras, todas as polícias, os bombeiros, o SAMU e a Defesa Civil vão trabalhar juntos. E nem vai ser preciso esperar até 2016: o centro, que vai ficar como um legado para a cidade, deve ser inaugurado em agosto de 2010, ao lado do Sambódromo, no Centro do Rio.

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