Um helicóptero modelo Augusta AW-139 a serviço da Petrobras desapareceu no fim da tarde desta sexta-feira na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, com quatro pessoas a bordo, após fazer um pouso forçado em alto-mar, a cerca de 100 km do litoral. A aeronave seguia de uma plataforma em direção à terra firme (Macaé). Antes do sumiço, o piloto detectou problemas e solicitou autorização para fazer um pouso de emergência, segundo informações da Força Aérea Brasileira (FAB).
O desaparecimento foi declarado às 17h15, instantes após o comunicado do piloto à torre de Macaé. O Salvamento Aéreo de Curitiba, patrulha de salvamento da região Sudeste do País, foi a primeira a notificar o desaparecimento e despachou duas aeronaves para o local, que começarão as buscas no sábado.
Após a solicitação de emergência, como não havia comunicação e a aeronave não chegou ao destino, o Plano de Emergência da Bacia de Campos foi acionado. Homens e embarcações de buscas da Petrobras seguiram para o local. Além disso, um navio patrulha e um helicóptero da Marinha também foram enviados. A FAB informou que começará as buscas visuais ao amanhecer, com um helicóptero H34 Superpuma e um avião Bandeirante Patrulha.
"Eram dois tripulantes e dois funcionários da empresa. Já acionamos nosso plano de emergência para tentar resgatar as vítimas", disse um assessor da companhia. A aeronave pertenceria a uma empresa que presta serviços à Petrobras. As buscas iniciais teriam avistado destroços do helicóptero, segundo informações ainda não oficiais das equipes da base aérea.
Segundo José Maria Rangel, do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, os funcionários que estavam na aeronave eram das empresas Engevix e Brasiltests. O dirigente sindical questionou o caos aéreo existente na região. "A demanda de embarque e desembarque tem sido grande e compromete a segurança dos voos". Rangel afirmou que o sindicato vai acompanhar os detalhes da investigação sobre o acidente.
Diariamente são feito diversos voos entre as bases da Petrobras e as plataformas no litoral brasileiro. Com a descoberta do pré-sal, a empresa deve aumentar sua frota de aeronaves e transportar mais empregados até as unidades produtoras que devem ficar ancoradas a uma distância superior a 300 km da costa.