O novo diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, tomou posse nesta sexta-feira (2) em uma cerimônia no Ministério da Justiça, em Brasília. Galloro, que até então era o secretário nacional de Segurança Pública, assume no lugar de Fernando Segovia, demitido após desgaste no governo provocado por declarações que causaram polêmica.
Em seu discurso de posse, o novo diretor-geral da PF defendeu o combate à corrupção e disse que a operação Lava Jato continuará “forte”.
Segovia e o ministro da Justiça, Torquato Jardim, também discursaram. O ministro deu as boas vindas a Galloro e afirmou que o trabalho de Segovia foi “muito mais profícuo e permanente do que querem acreditar”.
O agora ex-diretor-geral disse que considera mais importante “a continuidade do trabalho”. “As pessoas passam, a instituição permanece”, afirmou.
Perfil
Segundo o blog do Matheus Leitão, Galloro é apontado dentro da corporação como um profissional cauteloso e discreto, investigador de perfil bastante diferente do seu antecessor, Fernando Segovia.
De perfil técnico, Galloro ocupava o cargo de secretário nacional de Justiça, órgão do Ministério da Justiça, mas o seu nome já era cotado para a direção da PF desde o fim do ano passado, quando Leandro Daiello deixou o comando da PF após quase sete anos.
Galloro era o preferido do ministro da Justiça, Torquato Jardim, mas acabou perdendo a nomeação diante do apoio da cúpula do PMDB a Segovia.
Na época, além de ser o braço direito de Daiello, Galloro atuava no Comitê Executivo da Interpol.
Ele ingressou na Polícia Federal em 1995 e ocupou cargos como adido em Washington, diretor-executivo, diretor de Administração e Logística, superintendente em Goiás, além de chefe-adjunto em Pernambuco e da Divisão de Passaportes. Chefiou ainda o grupo de inteligência policial e fiscalização de drogas do Estado de São Paulo.
Antes de entrar na PF, exerceu a função de conciliador de um juizado informal na comarca de Votuporanga (SP) e foi oficial de Justiça no Tribunal Regional do Trabalho em Campinas (SP).