Constantemente os moradores e passantes da Rua Anísio Pires vêm relatando os acidentes que acontecem no local, nas proximidades da Praça Itaperu. Os acidentes não são graves e não têm ocasionado vítimas.
Contudo, os riscos existem e anos atrás já aconteceram acidentes letais. Os moradores reclamam que o fato da via ser de mão dupla, a passagem dos ônibus e a curta distância do acostamento para as casas agrava a situação, sobretudo as que foram construídas próximo ao muro do aeroporto.
Proprietário de um comércio na esquina da Rua Anísio Pires, José do Egito Mendes Rocha, avalia que a rua é muito estreita e isso causa acidentes quase todos os dias.
?Batida de leve sempre tem?, afirma. Para ele a única solução é transformar a via, que é de mão dupla, em mão única. ?Mão dupla numa rua estreita como essa não dá?, reitera.
Ele acrescenta que para alargar a rua seria necessário intervir nas casa e isso seria muito mais dispendioso. ?Não tem outra maneira de alargar se não for retirando as casas.
Por isso, a maneira mais viável e mais barata. Basta asfaltar a Rua Castelo do Piauí para que a Anísio Pires tivesse só um sentido?, explica o morador e comerciante do local.
Moradora em uma das casas próximas ao muro do aeroporto, Kauanne Kelly afirma que todas as casas da região foram feitas regularmente e este não é o problema.
Para ela, o fato de ser muito estreita e de mão dupla é responsável pela quantidade de acidentes. A calçada da casa da avó, onde ela mora, já foi várias vezes alvo de carros desgovernados na hora da curva. O muro do aeroporto ao lado da casa está desgastado, pois vários carros já atingiram o mesmo.
De acordo com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (STRANS), já foi feito um levantamento e o chefe de sinalização do órgão, Ribamar Oliveira, afirma que será implantado sinalização vertical e horizontal para minimizar os acidentes. ?De imediato vamos providenciar sinalização.
No início de fevereiro já vamos fazer na área a pintura horizontal que está bastante desgastada na área e vamos finalizar aquele entorno da Anísio Pires com a Centenário?, afirma Ele explica que esse problema é antigo e teve origem nos anos oitenta.
?Entre 1979 e 1980, quando a gente regularizou as casas ali, a prefeitura fez um calçamento que diminuiu a largura da rua. Infelizmente os moradores trouxeram as casas para frente, estreitando a rua. Na época, ela tinha largura de 18 metros e hoje é muito estreita?, explica.
Com relação às reivindicações para rua se tornar de mão única, Ribamar afirma que esta é uma possibilidade viável.
Contudo, só será analisada após a implantação dos corredores de ônibus. Ele afirma que no cruzamento da Anísio Pires com a Rui Barbosa está previsto um terminal de ônibus. De qualquer modo, ele afirma que haverá alargamento da rua e isso vai afetar poucas casas.
Poucas casas serão atingidas, quase não vamos atingir casas e sim áreas de calçada. Mas as mudanças só serão feitas após implantação dos corredores de ônibus?, frisa.