As primeiras investigações realizadas pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) e pela Polícia Federal estão começando a esclarecer alguns aspectos relacionados à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Conforme os dados iniciais apurados, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento evadiram-se nas primeiras horas da quarta-feira (14).
Veja o que se sabe até agora, segundo fontes:
Por volta de 3h, os dois saíram pelo teto das celas arrancando uma estrutura metálica de alumínio e cabos de energia ligados à iluminação da cela. Em seguida, eles saíram para o pátio e, com alguma ferramenta cortante – possivelmente obtida do canteiro de obras de uma reforma em andamento no presídio – cortaram um alambrado e fugiram.
Câmeras do presídio registraram a passagem deles para o lado de fora, vestindo uniforme de preso. A administração do presídio deu falta de Deibson e Rogério por volta das 5h, duas horas depois da fuga.
A fuga aconteceu por um conjunto de erros, aponta a investigação preliminar realizada pelo gabinete de crise do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que foi instalado na capital potiguar.
Esta é a primeira fuga da história do sistema penitenciário federal. O ministério iniciou uma minuciosa vistoria no presídio de segurança máxima em resposta à fuga.
Nesta quinta-feira (15), uma equipe de peritos da Polícia Federal retornou ao presídio para dar prosseguimento na investigação sobre a fuga de Rogério e Deibson, que seriam ligados ao Comando Vermelho e estavam em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
O Secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, comanda pessoalmente o gabinete de crise instalado na delegacia da PF em Mossoró e determinou um "pente-fino" completo na estrutura do presídio, além de uma reavaliação de todos os funcionários que trabalham no local. A segurança da cadeia federal foi reforçada com mais agentes penais e policiais federais.
O presídio federal de Mossoró está passando por uma série de obras de manutenção, reformas e readequação de espaços, como o pátio e celas. Por ora, segundo as fontes, não há indícios de corrupção para favorecimento da fuga.