Mas o empresário não deu exemplos do que deveria ser mantido ou proibido, na sua opinião, dentro das regras atuais da rede social. No comunicado da compra, ele ressaltou que "a liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento'" e que o Twitter é "a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos".
Para analistas, uma eventual redução da moderação poderá fazer o Twitter enfrentar problemas com a Justiça de diversos países e até mesmo perder muitos usuários. A justificativa de oferecer mais liberdade de expressão pode virar um "passe" para usuários cometerem crimes e disseminarem ódio e fake news na plataforma, alertou Flávia Lefèvre Guimarães, advogada especializada em direito digital, quando Musk propôs a compra.
"Na medida que a moderação e a decisão sobre quais conteúdos terão mais ou menos relevância se dá com base no poder econômico de alguns agentes, você não pode falar que todos os usuários dessa plataforma estão em pé de igualdade para exercer o direito de liberdade de expressão", apontou.
Musk chegou a dizer que o Twitter teria de respeitar as leis dos países sobre a liberdade de expressão. Mas reconheceu que resiste ao banimento de usuários, como a plataforma fez com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. "Acho que queremos ser bem relutantes em deletar as coisas e muito cautelosos com banimentos permanentes. Suspensões temporárias, acho, são melhores", afirmou Musk.