Apesar o bilionário ter dito que não queria comprar o Twitter para fazer dinheiro, o impacto da "era Musk" provavelmente irá além das políticas de uso da plataforma, segundo os especialistas consultados. O homem mais rico do mundo deverá tentar fazer a empresa crescer.
Apesar de ter 16 anos, o Twitter ainda é muito menor do que seus maiores rivais. Pelo dado mais recente, divulgado em 2017, a rede tem 217 milhões de usuários diários e monetizáveis, ou seja, contas que estão aptas a visualizarem anúncios ou produtos pagos da empresa, como assinaturas. Bem aquém dos cerca de 2 bilhões do Facebook, por exemplo.
Isso também se reflete no faturamento. Em 2021, o Twitter teve US$ 5 bilhões de receita, enquanto o Facebook superou os US$ 100 bilhões, destaca Pedro Waengertner, professor de negócios digitais na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e fundador da aceleradora e investidora de startups ACE.
Para Waengertner, considerando o perfil arrojado do bilionário, a plataforma deverá aprender a trabalhar com mais produtos, trazendo inovações, conforme visto em outros negócios de Musk, como o robô humanoide da Tesla.