Sabe aquele bebê recém-nascido que é a coisa mais linda? A gente tem uma má notícia pra te dar: ele está cheio de radiação! Mas talvez você fique tranquilo, ou mais assustado em saber que ele não está sozinho nessa; seu corpo, leitor, também está todo radioativo.
Lembra daquele tempo antigo em que os Estados Unidos brincavam de jogar bombas nucleares no Japão? É, a gente também não achava que era uma boa ideia, mas não tinha muito o que fazer a respeito… Acontece que as explosões nucleares, como as que rolaram em Hiroshima e Nagasaki, produzem substâncias radioativas raras na natureza, como o carbono-14.
Essas substâncias entram na nossa cadeia alimentar e se colam nas células do nosso corpinho, por mais lindo e bem cuidado que ele seja. Ainda tem tantas substâncias radioativas flutuando pela terra que os cientistas descobriram que bebês nascidos em 2016 também carregam radiação.
A coisa não é motivo para pânico: até onde se sabe, o carbono-14 é inofensivo. E agora vem a parte mais louca de tudo. A presença da substância no nosso corpo pode até mesmo ajudar a ciência a prever o progresso de um câncer, segundo as informações do Tech Insider.
Isso acontece porque cada célula criada tem um pouco menos de carbono-14 do que a anterior. É um declínio totalmente previsível e que vem ajudando os cientistas a determinar a idade de uma célula individual. Graças a esse detalhe, o método já é usado para rastrear o progresso de cânceres e aumentar a compreensão da medicina sobre obesidade e diabetes, por exemplo.
Mesmo assim, estima-se que os resquícios de radiação deixem nosso planeta – e nossos corpos – livres já em 2050. Com isso, a medicina perde uma oportunidade de avançar em pesquisas que utilizem o método, mas nós ganhamos um corpo sem o resquício das atrocidades ocorridas no século passado.