O desembargador Kassio Nunes Marques, 48 anos, cuja indicação pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal foi aprovada nesta quarta-feira pelo Senado, é natural de Teresina e foi advogado por 15 anos;
Kassio Marques fez parte da Comissão Nacional de Direito Eleitoral e Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Piauí e também foi juiz do Tribunal Regional Eleitoral do estado.
Em 2011, Marques entrou para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), na cota de vagas para profissionais oriundos da advocacia. Ele foi escolhido pela então presidente Dilma Rousseff.
O magistrado é formado em direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), com especialização em processo e direito tributário pela Universidade Federal do Ceará (UFCE) e mestrado em direito constitucional pela Universidade Autônoma de Lisboa e doutorado pela Universidade de Salamanca, na Espanha.
Kassio Marques ingressará no Supremo na vaga de Celso de Mello, que se aposentou no último dia 13.
Segundo informou o Blog do Camarotti, a articulação para a indicação de Kassio Marques começou no final do mês passado, quando o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), telefonou para o ministro Gilmar Mendes, do STF, na presença do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o blog, Alcolumbre disse a Gilmar Mendes que Bolsonaro gostaria de conversar pessoalmente com o ministro. Logo depois, acompanhado de Kassio Marques, Bolsonaro chegou à casa de Mendes. O ministro Dias Toffoli, que deixou a presidência do STF neste mês, também participou da conversa.
Para assumir como ministro, Kassio Marques passou nesta quarta-feira por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal (vídeo acima), conforme estabelece a Constituição Federal.
Em julho de 2019, o presidente Jair Bolsonaro disse que indicaria um ministro "terrivelmente evangélico" para uma das duas vagas que serão abertas durante seu mandato -- o ministro Marco Aurélio Mello se aposentará em julho de 2021.