A maior incidência de acidentes no trânsito de Teresina com vítimas fatais ocorre nas saídas de Teresina, principalmente nas Brs-316 e 343. É o que dizem os relatórios trimestrais do Projeto Vida no Trânsito de 2014, realizados com dados de Teresina. Dentre as vítimas, 56,1% são condutores de automóveis e motocicletas.
A BR-343 foi a que apresentou maior incidência de mortes, foram 13 óbitos registrados de janeiro a junho de 2014. Já a BR-316 foi o segundo ponto com maior índice de óbitos; ao total foram 9.
Apesar disso, Samyra Mota, gerente de Educação de Trânsito da Strans, afirma que a BR-316 precisa de maior atenção, devido o fluxo intenso de veículos ser diário.
“Nas BRs a gente tem notado grandes índices de acidentes graves e com mortes. Isso se dá devido à grande movimentação e as infrações. Por exemplo, a BR-316 tem menos estrutura que a BR-343, o fluxo dela é maior e, inclusive, com caminhões de carga pesada.
Já a BR-343, apesar de ter maiores registros, as atenções se voltam mais em períodos de férias ou feriados prolongados, por esta dar acesso ao litoral. Mas normalmente o fluxo é menor”, esclarece.
Para Samyra Mota, a solução para reduzir o número de acidentes vai além dos devidos cuidados que o condutor deve tomar. “A partir do momento em que se duplica uma via, ela tem mais opções, fica mais segura, o trânsito flui melhor e o condutor pode desviar mais facilmente de um provável acidente.
E o condutor deve fazer a parte dele, respeitar as leis de trânsito, andar na velocidade permitida, usar itens de segurança, verificar faróis e freios. Enfim, tomar cuidado com o veículo e com ele mesmo”, pontua.
O Projeto Vida no Trânsito de 2014 foi organizado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) e Fundação Municipal da Saúde (FMS), através de dados da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (Bpre) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Alta velocidade é a maior infração cometida no trânsito
Dentre as inúmeras infrações cometidas no trânsito, alta velocidade ainda é a mais comum em Teresina. No intuito de conscientizar e educar os condutores, a Strans tem realizado campanhas educativas, dentre elas “Velocidade. Um pouco mais e você põe tudo a perder”, iniciada desde o ano passado. No entanto, os números de infrações têm se mantido.
Segundo o ranking de autuação da Strans, o segundo lugar é estacionar em local proibido; o terceiro é deixar de usar o cinto de segurança, o quarto é dirigir usando o celular e o quinto é desrespeitar a faixa exclusiva.
Para Samyra Mota, a infração velocidade acima do permitido é cometida por desrespeitar o limite da via, desde o mínimo ao máximo, contribui para inibir uma ação imediata do condutor.
“A velocidade acima do permitido é uma questão em que a gente vem batendo, com campanha educativa, panfletos, divulgação nos meios de comunicação e implantação de radar portátil.
O condutor deve entender que a velocidade excessiva é aquela em que ele está acima da velocidade permitida para determinada via. Se a via permite velocidade de 60km, mas o condutor anda a 65km isso vai fazer uma grande diferença quando for tomar alguma atitude”, explica.
MAIO AMARELO - No mês de maio, uma campanha chama atenção para cuidados no trânsito e faz um alerta à população sobre os altos índices de acidentes automobilísticos, que vitimam milhares de pessoas diariamente.
Trata-se do movimento Maio Amarelo – Atenção pela Vida, que é celebrado mundialmente durante todo este mês, e que desenvolve ações que reforçam a atenção às leis de trânsito.
A cor amarela simboliza atenção e faz menção à sinalização de advertência utilizada nas placas de trânsito. A campanha é mais uma importante ação de cidadania, realizada em parceria entre o poder público e a sociedade civil, que trazem à tona o tema dos acidentes no trânsito como uma verdadeira epidemia. O objetivo é incentivar motoristas e pedestres a adotarem um comportamento prudente e mais responsável no trânsito.
A Organização das Nações Unidades (ONU) decretou este período como a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Os países que compõem a Organização assumiram o compromisso de unirem esforços para reduzir em 50% o número de mortos e feridos no trânsito até 2020.