Saneamento básico é sinônimo de população saudável e economia em ascensão, representa menos pessoas nos hospitais e menos gastos públicos no segmento.
Afinal, a cada um real investido em saneamento, são economizados quatro reais com gastos nos serviços de saúde pública, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A subconcessionária Águas de Teresina, responsável pelos serviços de água e esgoto na capital, tem feito um trabalho efetivo nesse sentido.
Além de melhorar os índices de saúde, cidades saneadas também ganham em valorização imobiliária e crescimento do turismo. Áreas que contam com esgotamento sanitário “na porta” estão mais aptas a receberem novos investimentos, favorecendo o crescimento da economia.
“Na verdade, o saneamento reflete em todos os setores, inclusive na educação, porque são mais crianças nas escolas. É dignidade para a população e menos desigualdade de uma forma geral”, reforça Jacy Prado.
Teresina vive um processo de evolução
A Águas de Teresina já aplicou R$ 980 milhões em obras e melhorias no abastecimento de água e tratamento de esgoto. Hoje, 100% da área urbana tem água tratada na torneira. Além disso, a cobertura de esgoto saltou de 19% para 35,65% em apenas quatro anos de trabalho.
A expectativa é que Teresina tenha 90% de atendimento em esgoto até 2033, com mais saúde, qualidade de vida e dignidade para a população.
O pacote de investimentos de 2021 prevê a construção de duas Estações Elevatórias de Esgoto (EEE) no Lagoas do Norte, beneficiando diretamente os bairros Aeroporto, Itaperu e Parque Alvorada, na zona Norte da capital.
Inclui ainda a entrega da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Tancredo Neves; a reforma da Estação Elevatória de Esgoto (EEE) do bairro Santa Isabel e a entrega da Elevatória do bairro Gurupi – demandas bastante antigas da comunidade. Esses investimentos são apenas o começo de uma série de mudanças positivas que estão por vir.
O resultado será a implantação de nova rede coletora, a realização de mais ligações de esgoto e um salto qualitativo nas condições sanitárias locais. Os benefícios compreendem ainda a preservação dos corpos hídricos e do meio ambiente.
“Não temos medido esforços para elevar a qualidade de vida dos teresinenses. Este ano, nosso foco são as obras de esgoto. A ampliação do serviço traz impactos positivos no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Esgoto coletado e tratado proporciona melhoria da saúde pública, pois reduz o número de doenças ocasionadas por água contaminada”, destaca o diretor-presidente da Águas de Teresina.
Saneamento básico é sinônimo de saúde
Quem tem experiência em saúde pública como a médica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS), sabe bem como a população sofreu com a falta de saneamento básico.
Ela lembra da época em que morriam 120 crianças a cada 1.000 nascidos vivos. A maior parte das mortes eram causadas por verminoses e doenças gastrointestinais, que estão diretamente relacionadas à falta de saneamento.
Com o avanço das vacinas, oferta de água potável e melhorias no esgotamento sanitário, o dado do Censo de 2010 mostra que hoje são 16 nascidos mortos para cada 1.000 nascidos vivos.
Em um novo estudo, será possível identificar avanços ainda maiores, pois quanto mais água e esgoto tratado, mais saudável é a população. “A maior causa dessas mortes eram diarreias. Saneamento evita essas situações”, destaca a médica.