Durante coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (8), os médicos do Biocor Hospital, em Nova Lima, em Minas Gerais, entre eles o Dr. Joel Teles, que cuidava de Wando durante período de internação, comentaram e explicaram as causas da morte do cantor. "Wando foi vítima da doença aperosclerótica, entupimento das artérias por gordura. Quatro fatores culminaram nisso: sedentarismo, genética, excesso de peso - Wando estava com 110 kg, bem acima do peso recomendado - e estilo de vida, que falta de exercícios físicos, dieta irregular", disse Joel.
Teles ainda explicou que foram feitas manobras de ressuscitação, mas que ambos os procedimentos não surtiram efeito. Wando passou mal às 5h40, com queda de pressão sanguínea. Foi tratado com medicamentos que fazem a pressão subir e foram ajustados os parâmentros do ventilador, que faz ventilação mecânica para fazê-lo respirar.
"Houve a piora cardíaca súbita, que culminou com a parada cardíaca às 6h40. Apesar de todos os esforços ele não respondeu e veio a falecer às 8h", detalhou Heberth Mioto, chefe de cardiologia do Biocor.
A equipe médica também comentou que a última terça-feira (7) foi um dia muito bom para Wando. "Ele se alimentou pela boca, comeu algumas colheres de iogurte e o ecocardiograma mostrou que as condições cardíacas estavam as mesmas, ou seja, houve estabilidade. Se ele não houvesse a complicação, na próxima semana ele iria pro quarto", continuou Mioto.
Wando deu entrada no Biocor Hospital no dia 27 de janeiro, quando foram feitos exames que constataram o entupimento de 3 artérias. Ele seria submetido a uma cirurgia de ponte de safena, mas sofreu um infarte já no dia 28. "Quadros semelhantes ao de Wando chegam a 80% de chance de morte", finalizou.