Seis ex-presidentes do Metrô de SP viram réus por compra de trens

26 trens ficaram sem uso porque linha não estava pronta

|
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Justiça de São Paulo tornou réus seis ex-presidentes do Metrô por improbidade administrativa pela compra de 26 trens por R$ 615 milhões que ficaram sem uso porque a linha 5-Lilás não estava pronta.

Os ex-presidentes do Metrô que se tornaram réus:

Jorge Fagali

Sérgio Avelleda

Peter Walker

Luiz Antonio Pacheco

Clodoaldo Pelissioni, atual secretário de Transportes Metropolitanos

Paulo Menezes de Figueiredo

Jurandir Fernandes, ex-secretário de Transportes Metropolitanos também virou réu, além de Laércio Biazzotti e David Turubuk, que também ocuparam cargos executivos no governo do estado. Além dos nove réus, o Metrô também terá que responder na Justiça.

Na decisão, o juiz Adriano Marcos Laroca afirma que “segundo informações técnicas constantes dos autos, o teste definitivo do trem só poderia ser realizado na própria linha e, mesmo estando os trens parados sem uso em diversos locais, há mais ou menos quatro anos, além de outros desgastes do produto adquirido, e também o serviço de assistência técnica que pode ter sido afetado, exigindo nova contratação”.

Em 2010, o governo de São Paulo determinou paralisação das obras da linha onde o trem seria usado por causa das denúncias de irregularidades no processo de licitação. Recentemente, os responsáveis pelas obras foram condenados.

Mesmo com as obras paradas, em 2011, o governo Geraldo Alckmin (PSDB) comprou os trens. Na ação, que agora foi aceita, o promotor Marcelo Millani afirmou que "os trens estão abandonados e foram vandalizados". A denúncia foi antecipada pelo Jornal Hoje em 2016.

A investigação apontou ainda que os trens novos têm bitolas diferentes, informação que o Metrô nega. Na decisão judicial, o juiz diz que agora essa questão poderá ser esclarecida. A Linha-5 Lilás liga o extremo sul de São Paulo a região central. A obra foi prometida para 2014 e teve a estação Moema inaugurada em abril, na última semana de Geraldo Alckmin no cargo de governador.

Veja Também
Tópicos
SEÇÕES