Servidores da prefeitura de Teresina foram alvos de uma operação deflagrada na manhã desta terça-feira pela Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Combate à Corrupção. Foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão, e entre os alvos estão organizações privadas que receberam recursos públicos do município para realização de projetos. Os alvos são o Instituto Piauí e Gestão, o Instituto Samara Serra e o Conselho Comunitário do Angelim.
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“A operação visou cumprir 12 mandados de busca e apreensão, envolvendo servidores públicos e entidades da sociedade civil que estavam recebendo recursos do município de Teresina. A gente percebeu que a partir temos de parcerias firmados entre essas entidades e o municípios, alguns servidores estavam organizando essas organizações a simular a prestação de alguns serviços”, declarou o delegado Ferdinando Martins, chefe da Delegacia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD).
Segundo o delegado Ferdinando Martins, as investigações apontaram que servidores lotados na Secretaria de Meio Ambiente faziam gestão política para garantir os pagamentos a essas organizações privadas, algumas delas contratadas sem qualquer critério. Uma delas recebeu da Prefeitura de Teresina mais de R$ 1 milhão de somente entre os anos de 2018 a 2020.
A suspeita é de que os projetos para as quais essas organizações eram contratadas sequer foram executadas. O delegado informou ainda que as diligências cumpridas hoje podem levar a novos desdobramentos.
OPERAÇAO TERTIUM
Na manhã desta terça-feira (22/12), a Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) deflagrou a Operação Tertium com o objetivo de cumprir doze mandados de busca e apreensão, cujos alvos principais são organizações privadas que receberam recursos públicos do Município de Teresina. Existem indícios de que alguns projetos não eram executados.
Na investigação, a Polícia Civil verificou que apenas uma das organizações alvo dessa diligência recebeu da Prefeitura de Teresina mais de R$ 1 milhão de somente entre os anos de 2018 a 2020, sem dispor de qualquer capacidade técnica ou operacional.
No trabalho, existem indícios de que alguns servidores de órgãos do município facilitaram a liberação desses valores e ainda se beneficiaram com parte dos repasses. São alvos dos mandados de busca as residências de servidores públicos, empresários, algumas organizações da sociedade civil (OSCs) e outros particulares que integram a associação criminosa revelada.