Servidores do TJ paralisam as suas atividades na capital

De acordo com a direção do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Piauí, a paralisação está ocorrendo em razão da necessidade de um reajuste

Greve está marcada para começar dia 17 de fevereiro | José Alves Filho
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Servidores do Tribunal de Justiça do Estado Piauí iniciaram na manhã de ontem a paralisação que havia sido programada no início do mês pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Piauí (SINDSJUS-PI).

A paralisação continua hoje com o objetivo de chamar atenção da administração do Tribunal de Justiça e da sociedade para as condições de trabalho degradantes, plantões abusivos e principalmente para a questão salarial que envolve implantação dos subsídios.

A categoria deseja um reajuste de pelo menos 9%. Segundo eles, apenas 4% deste aumento representaria um ganho real. O restante apenas corrigiria inflação do período.

De acordo com o presidente do SINDSJUS, Carlos Eugênio, tudo no Tribunal está parado e só os serviços emergenciais. ?Em cada secretaria há o mínimo necessário para atender demandas urgentíssimas?, relata o servidor.

Segundo Carlos, se o Tribunal não apresentar propostas aos servidores, a categoria vai deflagrar greve por tempo indeterminado no dia 17 de fevereiro.

Ele afirma que o Tribunal apresentou uma proposta de antecipação salarial de 4% sobre os subsídios de 2015.

Contudo, ele ressalta que o órgão não apresentou nenhuma proposta relacionada ao reajuste que foi aprovado na Lei Orçamentária e acrescenta que as outras reivindicações não foram consideradas. ?Não tivemos nenhuma resposta com relação a jornada extenuante e a precária situação dos fóruns?, declara.

Sobre a precária situação dos fóruns, o oficial de Justiça, Maércio Maia, conta que o teto da 2ª Vara de Execuções Penais desabou. Além disso, aponta que o prédio possui infiltrações e vazamentos.

?Hoje, no interior do Estado, mais de 60% das comarcas são ambientes completamente insalubres. Nós estamos reivindicando melhores condições de serviço, perdas salariais de 2013 para que sejam corrigidos e aplicados os percentuais?, destaca.

Maércio afirma também que há um déficit de funcionários e há necessidade de concursos. ?Também reivindicamos concurso público amplo e em todos níveis.

Uma vez que o quadro de pessoal permanente está 54% vago, ocupado por terceirizados. Enquanto isso, 100% dos cargos de comissão estão ocupados?, declara o agente.

Ontem ocorreu coletiva de imprensa ao meio-dia com o desembargador Ricardo Gentil Eulálio, que classificou a greve de inoportuna. A servidora Marinalva Santana informou que os servidores foram proibidos de entrar na coletiva. Isso teria indignado a categoria.

Em nota, o Tribunal de Justiça havia comprometido-se a apresentar e defender a antecipação de 4%, conforme proposta lançada na Comissão de Orçamento, totalizando um reajuste de 9% na tabela do subsídio referente ao ano de 2014.

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