Servidores preparam ato em Brasília e greve não está descartada

As reações cresceram quando o governo decidiu reajustar somente os salários das categorias policiais.

Servidores planejam ocupar Esplanada dos Ministérios | Marcelo Casal /Agência Brasil
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Com o recesso do Congresso e do Judiciário, as atenções estão voltadas para os servidores públicos que planejam para esta terça-feira, 18, uma grande manifestação na Esplanada dos Ministérios em protesto por reajuste salarial.

O presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, a possibilidade de uma greve geral do serviço público não está descartada.

As reações dos servidores cresceram desde o final do ano passado, quando o governo decidiu reajustar somente os salários das categorias policiais – Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e agentes penais.

As primeiras reações vieram dos auditores da Receita Federal, e operações padrão em aduanas e postos de fronteira já vêm provocando filas de caminhões, desabastecimento e outros problemas. O movimento cresceu para outras categorias, que exigem ter também reajuste a exemplo das polícias. Desde o início do ano, funcionários têm entregue seus cargos de chefia.

Servidores pretendem ocupar Esplanada dos Ministérios (Marcelo Casal/Agência Brasil)

46 categorias

Estima-se que até 46 diferentes categorias de servidores públicos deverão participar da manifestação na terça-feira. Somente entre as carreiras típicas de Estado, a projeção da Fonacate é de adesão de 19 categorias. A Fonacate tem cerca de 200 mil filiados.

A dificuldade do governo está em como negociar com as categorias sem produzir um efeito dominó. O desejo do ministro da Economia, Paulo Guedes, era reverter todo e qualquer reajuste. Mas isso esbarra nos compromissos feitos pelo próprio presidente Jair Bolsonaro com os policiais. Bolsonaro, inclusive, estaria irritado com a forma como Guedes vem criticando tal aumento.

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