Flash do repórter João Marcelo Ferry
Na manhã desta segunda-feira (21), os servidores da Justiça do Trabalho realizaram manifestação em frente ao prédio do TRT, na Avenida João XXIII, devido a anúncio feito pelo Presidente Jair Bolsonaro em uma entrevista, de que se houvessem as condições favoráveis, a Justiça do Trabalho seria extinguida. O ato segue uma serie de ações que vem sendo realizadas pela classe desde as medidas anunciadas pelo novo governo que interferem nas questões trabalhistas, como a extinção do Ministério do Trabalho.
A manifestação contou com a presença de membros do sindicato dos trabalhadores do Judiciário Federal, Associação dos Advogados Trabalhistas do Piauí, Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, OAB e outras entidades sindicais. “A nossa luta aqui é pela manutenção da Justiça do Trabalho. Não é somente uma luta pra garantir o trabalho, mas sim para garantir os direitos de todos os trabalhadores. Ao se extinguir a justiça do trabalho, é o mesmo que e fazer um retrocesso de 100 anos das conquistas trabalhistas”, explica Pedro Laurentino, representante do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal.
O presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas, Téssio Torres, explica que caso venha a ocorrer a extinção da justiça trabalhista, seria o mesmo que promover um retrocesso de todo o arcabouço jurídico que protege direitos sociais previstos na constituição. “Esses direitos foram implementados, depois de muitas dificuldades, na constituição de 88. O fim dessa justiça significa o fim da proteção de direitos sociais e trabalhistas. A Pec 300, de 2016, já esta em tramitação e ela visa extinguir uma serie de direitos trabalhistas. É um situação que representa risco muito grande para a classe trabalhadora", defende o advogado.
Durante a manifestação, representantes das entidades presentes fizeram discursos sobre os pontos negativos e riscos que as propostas do novo Governo Federal podem causar na sociedade. O ato que teve início às 8 horas da manhã seguiu até as 10 horas. No dia 05 de fevereiro a classe planeja uma ação nacional contra essa propostas em Brasília. “Toda a classe irá se mobilizar em Brasília, mostrando para o presidente que o clima que ele está buscando para tomar essas medidas, segundo ele um clima de positividade da sociedade a cerca da ação, não é uma realidade" fala Téssio Torres.
Foto - Raíssa Morais
Foto - Raíssa Morais