A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) lançou, nesta quarta-feira (17), o Plano Estadual Integral de Saúde da População Negra, durante evento de posse do Comitê Técnico de Saúde da População Negra, que aconteceu no pátio da Sesapi.
O plano pretende proporcionar uma saúde integral da população negra, priorizando a redução das desigualdades étnico-raciais, o combate ao racismo e a discriminação nas instituições e serviços do Sistema Único de Saúde. “Hoje estamos dando posses a estes conselheiros e lançando este plano, que é de suma essencialidade para podermos pensar em uma estrutura de saúde específica para a população negra, que tanto necessita de ações voltadas para o seu acesso à saúde”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
O Comitê Técnico de Saúde da População Negra é integrado por representantes dos diversos departamentos da Sesapi, do Conselho Estadual de Saúde, dos movimentos sociais negros, organizações não governamentais, universidades e pesquisadores. “Este comitê tem como objetivo elaborar, propor e avaliar o desempenho de medidas relacionadas à saúde e fomentar a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra nos municípios piauienses”, lembra o coordenador de Promoção da Equidade em Saúde da Sesapi, Gilvano Quadro.
No Piauí, o cenário em relação às iniquidades vividas pela população negra não é diferente do contexto brasileiro, tendo em vista que o estado é localizado na região nordeste, que possui o maior contingente de pessoas autodeclaradas negras no Brasil. De acordo com dados do IBGE, o Piauí possui, dentre estas, 9,3% de pessoas negras e 64,3% pardas, sendo um dos estados do Nordeste com maior número desta população. Nesse contexto, iniciou-se a elaboração da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População Negra no Piauí, visando à redução dos diferentes graus de vulnerabilidade a que está exposta.
“A Sesapi já vem trabalhando diversas ações voltadas à promoção da saúde desta população, procurando facilitar o acesso aos serviços do sistema de saúde em todas as regiões do estado, pois sabemos que o racismos estrutural dificulta um saúde plena para este público”, lembra o coordenador.