A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (SESAPI) está monitorando dois casos de pacientes com suspeita de sarampo na cidade de São Miguel do Tapuio, localizada a 220 km de Teresina. Trata-se de uma criança de apenas 2 anos e um adulto. A última vez em que o Estado registrou casos da doença foi no ano de 2019, com 3 pessoas infectadas.
Em nota enviada ao Meionorte.com, a secretaria informou que a criança começou a apresentar os sintomas há um mês, com febre, tosse, coriza e irritação na pele, apresentando ainda gânglios retroauricular e exantema crânio caudal, dias depois. Ela compareceu ao serviço de saúde no dia 1° deste mês, onde foi avaliada pela médica do município e notificada como suspeita de sarampo.
Diante disso, a Sesapi, através da equipe técnica responsável pelo evento, orientou a coletar material (soro) para diagnóstico mais preciso, sendo encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (LACEN).
“O exame foi processado com resultado Igm (+) para dengue e inconclusivo para rubéola, dificultando o encerramento do caso. Nesta situação é recomendado pelo Ministério da Saúde o envio da amostra para a Fiocruz/Rio ou ao laboratório de referência do estado do Piauí, para investigação de possível infecção cruzada. Foi recomendado ao município o desencadeamento do bloqueio vacinal. Segundo informações a área técnica do nível central existe mais um caso suspeito em um adulto no município, onde o mesmo está sendo investigado”, diz a nota da secretaria.
A criança apresenta esquema vacinal completo em 2020 e segue em isolamento residencial atualmente. A equipe do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) do Estado do Piauí se deslocará amanhã (19) até a cidade para apoiar a equipe do município nesta investigação e ação de controle.
O sarampo
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus. A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%.