Atualizada às 13:50
Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina já voltaram às suas atividades e o tráfego do transporte coletivo na capital já começa a ser regularizado. A categoria afirma que o dinheiro, referente à segunda quinzena do vencimento dos servidores, já começou a cair na conta.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Teresina, Fernando Feijão, disse que, como às 15h, as empresas já haviam depositado o salários dos empregados, a greve acabou de forma definitiva. "Nós havíamos suspendido a greve às 11h, colocando os mais de 400 ônibus em ciruculação, mas estávamos ainda planejando parar novamente às 16h, caso o dinheiro não chegasse em nossas contas, mas a Prefeitura depositou o dinheiro na conta das empresas e foi repassado á conta dos empregados. Com isso, a greve acabou", disse.
A Prefeitura de Teresina enviou nota, afirmando que depositou R$ 610.388,21 para as empresas.
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A assessora técnica da diretoria do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos e Passageiros de Teresina (SETUT), Myriam Aguiar, afirmou que o setor jurídico da entidade impetrou a ação na justiça solicitando a decretação de ilegalidade da greve dos motoristas e cobradores de ônibus urbano de Teresina, deflagradas às 00:00 horas desta quinta-feira, 21, em protesto contra o não pagamento de antecipação salarial de 40% do dia 20, que está prevista na Convenção Coletiva de Trabalho.
Myriam disse que o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Teresina (SINTETRO) não fizeram o que determina a lei, que seria avisar com três dias de antecedência a greve. Além disso, não liberaram os 30% da frota do total de 400 ônibus, para circularem para o transporte de passageiros.
A assessora declarou ainda que o SINTETRO só comunicou a greve durante a noite, quando não tinha mais alternativas das empresas fazerem o transporte alternativo dos passageiros. “As empresas foram pegas de surpresas, porque o sindicato não seguiu os protocolos legais de decretação de greve”, falou.
Por outro lado, Myriam disse que o SETUT está entrando em contato com a prefeitura para seja feito o pagamento de parte da divida que a instituição tem junto com as empresas de ônibus, para a recomposição de perdas da tarifa subsidiadas. Ela diz que quando foi dado o aumento da tarifa para R$ 2,75, ficando congelada da tarifa estudantil em R$ 1,05, a prefeitura ficou de pagar diferença entre o custo do sistema e o que as empresas recebiam de passagem.
Segundo ela, a prefeitura deve as empresas um valor de R$ 12 milhões, sendo que R$ 9 milhões são das dívidas do ano passado e R$ 3 milhões deste ano. “Precisamos que a prefeitura pague as dívidas para que possamos cumprir a folha dos nossos empregados”, afirma.
Por Efrém Ribeiro