Durante a reunião do Conselho Municipal de Transportes, foi apresentado pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) um estudo técnico que comprova a necessidade de subsídio por parte da Prefeitura Municipal para flexibilizar o valor da passagem aos usuários.
Baseado na planilha de custo quilométrico do GEIPOT/MT/DF, o estudo feito pelo Sindicato apontou o valor de R$ 4,71, sem o subsídio do poder municipal. Isto é, R$ 0,69 a mais que o valor sugerido pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). Porém, o SETUT esclarece que não foi o valor solicitado para o município, mas que a diferença entre os valores da Strans e do Sindicato seja subsidiada pelo município, evitando onerar ainda mais o bolso dos teresinenses que utilizam o transporte público.
A diferença entre as duas tarifas a ser custeada pelo município chega ao valor mensal de R$ 2 milhões, segundo o estudo técnico. As empresas que integram o SETUT demonstram preocupação com essa necessidade de subsídios, pois sabe-se que a Prefeitura de Teresina não tem suporte financeiro para garantir o repasse mensal necessário para que os serviços de transporte público sejam prestados com a qualidade desejada pela cidade.
O SETUT enfatiza ainda que não defende o aumento da tarifa pública. Mas, a importância do pagamento por parte do poder público dos subsídios e gratuidades que representam 14% do sistema de transporte. Além disso, a entidade pontua a urgência da necessidade de desonerações nos preços dos insumos mais representativos que afetam diretamente o setor e impactam no valor da tarifa, como ICMS sobre o óleo diesel e pneus. Somente, dessa forma, conforme o Sindicato, os usuários não serão impactados ainda mais com os custos do sistema.