Sobrinho que arrancou coração da tia evangélica fala dois idiomas

A perícia constatou que a vítima ainda respirava quando Lumar retirou seu coração

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O crime que aconteceu em Sorriso (MT)  na noite da última terça-feira (2) deixou o delegado responsável pelo caso, André Eduardo Ribeiro, também chocado Em entrevista à imprensa local, o delegado afirmou que Lumar Costa da Silva, de 28 anos, que arrancou o coração da tia e entregou à prima, é muito inteligente, fala dois idiomas, mas age como um monstro e poderia ter feito outras vítimas. (Com informações: O Livre)

“É repugnante, é um monstro esse cara. Vocês gravaram com ele e viram que ele não fala nada com nada, é perturbado. É um homem incerto, é um monstro, não pode dizer que nem que é um animal, porque animal não faz isso com outro. A gente percebe que ele é meio variado”, disse Ribeiro.

Segundo o delegado, Lumar chegou a Sorriso (400 km de Cuiabá), onde o crime aconteceu, na última sexta-feira (28) para morar na casa da tia. No dia que chegou ele já distribuiu currículos.

A tia o acolheu depois que ele se envolveu em uma briga com a mãe em São Paulo. Na ocasião ele teria ameaçar matar a própria mãe com um facão.

Além de ser usuário de drogas e estar ouvindo músicas de funk da casa da tia – que era evangélica – já no sábado (29) ele se envolveu em uma briga com os vizinhos, pegou um facão e ameaçou várias pessoas, inclusive crianças.

Com isso, a tia pediu que ele fosse embora. Um irmão dela encontrou uma quitinete para o suspeito morar. No domingo (30), porém, ele retornou à casa da tia dizendo que queria beijar a neta dela, de apenas sete anos, afirmando que gostava da criança.

Assassinato

Na noite de terça-feira (2), o suspeito foi até a casa da tia, a matou, abriu o peito dela com uma faca e retirou o coração. Em seguida, ele colocou o órgão em uma sacola de plástico, levou para a casa da filha da vítima, prima dele, e falou: “trouxe o coração da sua mãe”.

Ele ainda fez várias ofensas à tia e deixou o coração em cima da mesa. Não contente, Lumar começou a ameaçar a todos e exigiu que lhe fosse entregue um carro.

Com medo, a filha da vítima deu a chave de seu Citroen C3 ao suspeito, que saiu dizendo que queria apagar as luzes da cidade. Foi exatamente isso que ele tentou fazer. Acabou preso após jogar o carro contra um transformador de energia. A Polícia Militar o encontrou ainda dentro do veículo batido e o prendeu.

Requintes de crueldade

A perícia constatou que a vítima ainda respirava quando Lumar retirou seu coração. Duas facas teriam sido utilizadas, sendo uma para desferir os golpes e outra para abrir o tórax da mulher.

“Ela apresentava espuma no nariz e na boca, o que indica que, durante esse procedimento de abertura do tórax, provavelmente ainda estava respirando. Entretanto, ainda não é possível apontar se ele estava consciente ou não”, explicou o perito Nilton Carlos Dalberto.

Ainda de acordo com Nilton, pelas características do crime, possivelmente a vítima foi agredida antes de ser assassinada.

Relatos apontam que, durante a abordagem e prisão, Lumar se alterou. Para contê-lo, os policiais tiveram que algemar suas mãos e pés. Em seguida, ele confessou o crime. Outro exame ainda será feito no veículo utilizado por ele na fuga.

Personalidade

Testemunhas ouvidas pelo delegado André Eduardo Ribeiro afirmaram que o assassino é dotado de extrema inteligência, fala dois idiomas, trabalhava em uma multinacional em São Paulo e que, em quatro dias em Sorriso, já havia memorizado todos os cantos da cidade, conseguindo chegar a qualquer endereço.

Em entrevista à imprensa local, Lumar Costa da Silva disse que tinha ido para Sorriso para abrir uma loja de roupas. Nela, segundo ele, o cliente escolheria o preço a pagar. Porém, o delegado afirmou que é uma história fantasiosa e inexistente.

“Você vê que é um homem perturbado. Ele falou de roupa, de loja. Não existe nada disso”, disse o delegado.

A família afirmou à Polícia Judiciária Civil que o comportamento do rapaz mudou após a briga com a mãe, que teria acontecido no final de semana retrasado.

O delegado André Eduardo Ribeiro afirmou que, mesmo em depoimento, o rapaz se negou a falar o que motivou o crime. Na ocasião, ele teria dito que só declararia algo na presença de um advogado.

“Ele falou com vocês algumas coisas, mas sem sentido e conexão alguma. Eu vou pedir e o juiz deve determinar um exame psiquiátrico dele, para ver se, de fato, ele tem problema mental ou está fingindo para tentar uma impunidade no futuro”, informou o delegado.

Lumar foi autuado em flagrante por homicídio qualificado, com motivo fútil, que tem pena prevista de reclusão de 12 a 30 anos.

O delegado afirmou que em todos seus anos de carreira nunca viu um caso tão grave e chocante. “É de uma brutalidade e crueldade tão grande”, disse, completando: “Ele poderia ter feito outas vítimas. Essa menina, filha da vítima, poderia ter sido morta se não tivesse entregado a chave do carro”.

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