“Sou uma preta LACRADORA, inteligente e cotista que entrou em Letras no seu lugar”, respondeu a nova universitária Lorena Cristina, 20, em uma postagem discriminatória de outra candidata que não conseguiu uma vaga na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
"Para o curso de Letras na UFMG há 260 vagas. Fiquei na posição 239. Mas não vou entrar por quê? Por causa dessa m* de cota", foi a postagem que causou polêmica.
A publicação foi feita na terça-feira, 19, no dia seguinte à divulgação pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) da lista de aprovados nas universidades públicas do Brasil.
A candidata que não conseguiu colocação na lista dos aprovados da UFMG atribuiu a “não aprovação” à Lei n° 12.711/12, Lei de Cotas, que destina 50% vagas nos cursos de graduação a estudantes de escolas públicas. Desta reserva, um percentual ainda é destinado a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e/ou de baixa renda.
Em seu perfil do facebook, Lorena explicou o motivo do “desabafo”. "Desculpem-me por não aceitar nenhum filho de burguês apontando o dedo para mim e dizendo que sua não aprovação foi culpa minha. Não foi. A universidade pública deveria atender muito mais pessoas como eu. Teoricamente, ela nasceu para isso. Eu ocupo este lugar agora. E ele será tão meu quanto de vocês”, desabafou a estudante.
A publicação feita pela candidata que não conseguiu aprovação foi apagada na manhã desta quarta-feira, 20.