Um homem está tentando recuperar R$ 47 mil depositados a uma empresa de leilão com sede em São Vicente, no litoral de São Paulo. O morador do interior paulista comprou um veículo de luxo com valor três vezes menor ao do mercado, mas após efetuar o pagamento, os representantes desapareceram. A polícia investiga o caso e procura por outras vítimas. As informações são do G1.
O comprador que denunciou o golpe à polícia pediu anonimato. Ele contou que começou a procurar um novo veículo depois que o carro que tinha ficou danificado em um acidente envolvendo uma carreta. O motorista pesquisou em sites de leilões, pois descobriu que modelos podem custar até R$ 30 mil a menos que no mercado.
No portal do “Leilões Elite” ele descobriu um utilitário esportivo de luxo que, nas concessionárias, custaria R$ 184.900. Antes de formalizar o lance virtual, o motorista afirma que fez um breve busca sobre a procedência da companhia e disse que nada de negativo localizou na web. O homem arrematou o carro por R$ 47 mil em seguida.
Após a confirmação do pagamento, a empresa gerou uma nota fiscal com os dados do carro e do leiloeiro via correio eletrônico. O site também enviou mensagens por meio de aplicativo pelo celular sobre a negociação. Em determinado momento, a conversa pelo telefone móvel foi interrompida e a conta aparentemente bloqueada.
Sem conseguir mais contato, a vítima percebeu que havia caído em um golpe e tentou identificar onde ficava a sede da empresa. A única informação que ele e um amigo conseguiram foi o endereço da agência, localizada em um imóvel na Vila São Jorge, em São Vicente. A polícia foi informada em seguida.
A equipe do 1º Distrito Policial da cidade identificou o dono da conta no qual houve o depósito. O suspeito alegou que havia sido contratado por outra pessoa para emprestar a conta corrente e que receberia R$ 300 pela ajuda. Este segundo envolvido também foi localizado na cidade e afirmou que tinha sido contratado por uma mulher.
Ambos foram detidos. Os investigadores descobriram que o dono da conta aparece em uma ocorrência semelhante registrada na capital paulista. Na ocasião, a conta era registrada em Praia Grande. A polícia, que registrou o caso como estelionato e associação criminosa, apuram o uso de um domínio internacional para ocultar os responsáveis pelo site.