O submarino nuclear francês Emeraude se incorpora nesta quarta-feira aos trabalhos de busca das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico no último dia 31 quando cobria o trajeto entre Rio de Janeiro e Paris. O porta-voz do Estado-Maior do Exército francês, Christophe Prazuck, indicou hoje que o Emeraude chegou à região dos destroços do avião, e que inicialmente vai a se concentrar em uma área de 20 milhas náuticas quadradas (36 km²).
Segundo o programa previsto, a cada dia realizará uma investigação em uma área diferente para tentar encontrar as caixas-pretas, que emitem sinais durante um período de um mês que podem ser detectados a uma distância de um quilômetro.
Prazuck explicou que esta tarde também deve chegar à região das buscas o navio francês Mistral, especializado em missões anfíbias. O envio do submarino nuclear francês foi decidido por sua capacidade para escutar sinais no fundo do mar.
O acidente
O Airbus A330 saiu do Rio de Janeiro no domingo (31), às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília).
De acordo com nota divulgada pela FAB, às 22h33 (horário de Brasília) o vôo fez o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III). O comandante informou que, às 23h20, ingressaria no espaço aéreo de Dakar, no Senegal.
Às 22h48 (horário de Brasília) a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta, segundo a FAB. Antes disso, no entanto, a aeronave voava normalmente a 35 mil pés (11 km) de altitude.
A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). A equipe de resgate da FAB foi acionada às 2h30 (horário de Brasília).