O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil e no mundo. Associado ao aumento da expectativa de vida, este fenômeno está ligado a fatores relacionados ao maior cuidado com a saúde, incluindo a busca pela qualidade de vida, prática de exercícios físicos, alimentação saudável e prevenção de doenças com a realização de exames e administração de vacinas para idosos.
"Se por um lado temos mais procedimentos disponíveis para tratar e curar doenças, por outro, temos que pensar em sua prevenção", afirma o presidente da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas, Geraldo Barbosa. "A população acima dos 60 anos deve ter em mente que é possível evitar muitas doenças – que podem inclusive ser fatais – por meio das vacinas para idosos ".
Uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê que até 2060 a população com mais de 60 anos - que hoje representa 13% do total de brasileiros - mais do que dobrará e atingirá 32%.
Sendo assim, é preciso que os idosos, que compõem um grupo de risco aumentado para complicações e óbitos por algumas doenças, tenham a caderneta de vacinação em dia.
Atualmente, a rede pública de hospitais no Brasil disponibiliza mais de 20 vacinas diferentes, capazes de combater doenças em diversas faixas etárias, principalmente, em idosos.
Ao procurar um posto do Sistema Único de Saúde (SUS), pessoas com mais de 60 anos poderão encontrar três tipos de vacina: hepatite B, dupla adulto (difteria e tétano) e febre amarela (no caso de idosos que estejam morando ou têm acesso a áreas de risco).
Além dessas, também poderão estar disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação as doses que combatem a influenza e a pneumocócica 23-valente.
Para receber a imunização, basta levar um documento que comprove a idade e, caso o paciente possua, a carteira de vacinação e comprovantes de recebimento de vacinas nos anos anteriores. O Ministério da Saúde reforça a importância de manter os dados atualizados e registrar todas as doses que receber.
Veja quais são as vacinas para idosos disponíveis:
- Hepatite B
Se não houver registro de que a pessoa recebeu a vacina anteriormente, a aplicação será administrada em três doses, tendo um intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda, e seus meses entre a primeira e a terceira. Caso o sistema vacinal estiver incompleto, o paciente receberá as doses faltantes.
Essa proteção garante imunidade ao vírus da hepatite B, que provoca uma inflamação no fígado e, se não cuidada, a doença poderá se tornar crônica, e evoluir para cirrose ou câncer de fígado.
A eficácia da vacina contra a hepatite B é superior a 95%, podendo ser menor em populações especiais, como obesos, diabéticos, pacientes com insuficiência renal crônica, entre outras situações clínicas.
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- Febre amarela
Para quem que nunca foi vacinado ou sem comprovante de vacinação, o médico deverá avaliar o benefício/risco da vacinação e a necessidade de administrar uma dose, levando em conta o risco da doença e o risco de eventos adversos nessa faixa etária ou decorrentes de comorbidades, e o histórico vacinal.
- Influenza
Pessoas com mais de 60 anos fazem parte do grupo prioritário de vacinação contra a gripe. Neste ano, a campanha vai até 9 de junho. A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe.
A proteção vale contra o vírus da gripe A H1N1, A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane.
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