Três portarias publicadas nesta quarta-feira (23) no Diário Oficial da União incorporam ao Sistema Único de Saúde (SUS) o exame PET-CT para determinar o grau de disseminação de tipos de câncer em pacientes da rede pública.
A recomendação foi feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, o Conitec.
A realização do exame é feita para determinar a taxa de crescimento do tumor, a extensão da doença, o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro.
Segundo o texto do D.O., passarão a realizar o procedimento pacientes com câncer de pulmão de células não-pequenas, metástase de câncer colorretal, além de linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodkin. Neste último caso, também haverá avaliação da resposta do tratamento.
O exame PET-CT gera cerca de 1,5 mil imagens simultâneas de todo o corpo do paciente para reconstruir em três dimensões um retrato fiel do organismo, capaz de identificar as menores alterações que possam indicar a existência de um tumor. Ele é também o mais indicado para acompanhar o desenvolvimento e a resposta aos medicamentos dos tumores.
Para isso utiliza uma injeção de radiofármaco (glicose marcada por material radioativo), que após sua distribuição pelo corpo, gera informações metabólicas das células.
Segundo especialistas, exames como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada não têm o mesmo grau de precisão obtido com o PET-CT. Em 30% dos casos, após a realização do procedimento, o médico muda a forma de tratamento que vinha sendo empregada. Cada exame custa, em média, entre R$ 3,5 mil e R$ 4 mil.