Suspeitas confessam roubo, mas negam morte da família de piauiense

A informação foi revelada pelo advogado que representa o casal, Sebastião Siqueira

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Suspeitas de terem assassinado uma família em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, Ana Flávia Gonçalves, 24, e Carina Ramos, 31, confessaram que armaram um assalto à residência das vítimas. A informação foi revelada pelo advogado que representa o casal, Sebastião Siqueira. Ana Flávia faz parte da família assassinada. As duas suspeitas falaram novamente com os policiais que investigam o caso no COI (Centro de Operações Integradas) de São Bernardo. As informações são do UOL.

"Ela prestou o depoimento dela e negou a acusação que foi impetrada a ela [de ter dado ordens para os assassinatos]. A princípio, o roubo, ela confessou. Com relação às mortes, não. Ana Flávia também confessou [o roubo]", disse o advogado.

Na semana passada, Flaviana Gonçalves, 41, Romuyuki Gonçalves, 43, e o filho do casal, Juan Gonçalves, 15, foram encontrados mortos dentro do porta-malas de um carro na Estrada do Montanhão, em São Bernardo. Ana Flávia, filha mais velha do casal assassinado, e sua namorada, Carina Ramos, são as principais suspeitas do crime.

Após os assassinatos, a polícia constatou que, além das mortes, foram roubadas joias, eletrodomésticos, R$ 8 mil em espécie e dólares não quantificados. O casal e outros três suspeitos de terem participação nas mortes estão presos temporariamente.

Juliano de Oliveira Ramos Júnior, 22, foi preso anteontem. Ele entregou dois outros homens que teriam participado do crime: Guilherme Ramos da Silva e Michael Robert dos Santos Anjos.

Na casa onde Guilherme foi preso, foram encontrados um televisor e um videogame que haviam sido roubados da casa da família de Ana Flávia em Santo André, também na região metropolitana. Um sexto participante é investigado pela polícia. Ele teria ajudado na fuga após os corpos e o carro da família serem queimados em São Bernardo.

O assalto que o casal confessou ter participado remonta a mudança de depoimento de Carina. Em um primeiro momento, ela afirmou que a família fora assassinada por conta de uma dívida com um agiota. Depois, mudou seu depoimento dizendo que a casa tinha sido assaltada, que elas foram rendidas, mas não participaram do crime.

Ontem, no entanto, veio à tona o depoimento de Juliano, primo de Carina, colhido logo após sua prisão. Segundo a polícia, Juliano apresentou uma versão em que ele e outros dois homens chegaram à casa da família junto com Carina, Ana Flávia, Romuyuki e Juan.

Eles estavam atrás de R$ 85 mil que estariam guardados em um cofre, e trancaram pai e filho em quartos separados. Os suspeitos então se irritaram com o fato de Romuyuki não saber a senha do cofre. O pai argumentou que somente Flaviana teria a senha.

Depois que conseguiram abrir o cofre e constatarem que não havia o dinheiro. Dessa forma, os suspeitos que estavam na casa, incluindo Carina e Ana Flávia, ainda de acordo com a polícia, decidiram matar a família.

Em seu depoimento, Juliano também afirmou que Carina foi a "mentora intelectual" do crime, dando ordens para as mortes e arquitetando quem seria assassinado primeiro. A polícia, no entanto, trabalha também com a hipótese de que Ana Flávia tenha sido a mandante do crime.

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