Olhos atentos, frio na barriga e muita animação, era assim que se encontravam as pessoas que foram visitar o planetário digital, no 55º Encontro Regional de Astronomia (EREA), que teve início quarta-feira (12) e segue até sexta- feira (14), no Centro de Formação Odilon Nunes, no Bairro Marquês.
O planetário foi idealizado por estudantes universitários do curso de Física da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Bruna Senra e Leandro Faria, que em parceria com a Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), o transformou em realidade.
De acordo com Leandro Faria, o planetário foi consquistado por meio de arrecadação de dinheiro entre funcionários da OBA, ideia do coordenador da OBA, José Canalle, para que alunos dos ensinos fundamenal e médio pudessem conhecer e adquirir conhecimento.
“A iniciativa [de criar o planetário] foi minha e da Bruna, montamos um projeto que levaria o planetário móvel para as escolas, principalmente, as do Rio de Janeiro, mas também seria usado nos programas da OBA, assim como no EREA. Então, conseguimos por meio de ‘vaquinha’ feita na própria OBA, entre alunos, professores e colaboradores.
Após três meses, conseguimos um planetário mais moderno, para que assim consigamos difundir mais a astronomia e, ao mesmo tempo, despertar um pouco a curiosidade das pessoas”, explica Leandro Faria.
O planetário vem, há um ano, encantando estudantes de vários estados do país e já passou pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Paraíba, sendo visto por aproximadamente 20 mil pessoas.
O custo total do equipamento foi de R$ 53 mil, arrecadado em 3 meses, é constituído por uma cúpula inflável, em cujo interior é instalado um projetor digital, que oferece vários tipos de recursos e movimentos.
Para Bruna Senra, a estudante que projetou o planetário, a expectativa da visita é fazer com que as crianças se encantem tanto com o planetário quanto com a própria astronomia. “Esperamos poder atender o maior público possível. Ver as crianças encantadas com o planetário é o nosso maior objetivo. E também que elas se encantem pela astronomia.
O melhor momento para nós é quando termina uma sessão e uma criança fala ‘Nossa, gostei tanto que eu quero fazer astronomia’. É muito gratificante”, destaca a estudante de Física.
A dinamicidade e a linguagem acessível chamaram a atenção dos visitantes, dentre eles está Maria Rita de Almeida, 12 anos, que confessa ter se impressionado com a estrutura do planetário. “É impressionante. Estão de parabéns.
Gostei muito mesmo!”, declara a estudante que é medalhista de bronze na Olimpíada Brasileira de Astronomia.
Já Geovane Anderson, de 14 anos, que nunca vira um planetário, garante que ficou encantado e que superou as expectativas. “Foi maravilhoso, surpreendente. Era bem mais do que eu esperava”, confessa o estudante que foi medalha de ouro, por ter atingido a maior pontuação na prova da OBA.
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