Usar informações dos usuários do Facebook, como as páginas que eles curtem, para fazer ofertas personalizadas e vender produtos diretamente pelo site. Esse é o modelo de negócio do BazzApp, uma espécie de bazar instalado dentro da rede social.
"Se a pessoa curtiu a página da Nintendo, por exemplo, recomendamos produtos que tenham a ver com o mundo dos jogos", afirma Lucas Aragão, 27, presidente-executivo da empresa.
Pelo aplicativo, é possível vender e comprar produtos -o serviço cobra uma comissão de 8,5% do valor da venda. O dinheiro é transferido para o vendedor pelo PayPal.
Hoje, 70% dos 1.100 comerciantes do "bazar virtual" são pessoas físicas, mas a expectativa é a de que as companhias, que podem ligar o aplicativo à sua "fan page", aumentem a participação no longo prazo.
O sistema tem 14 mil usuários mensais, um número ainda modesto em relação aos 40 milhões de usuários únicos que o Facebook recebe todos os meses no Brasil, segundo dados do Ibope Nielsen Online. Em média, o brasileiro gasta nove horas por mês na rede social.
Entre os produtos mais vendidos estão os de moda, como roupas e bolsas, e maquiagem, responsáveis por 80% do volume de vendas. Depois aparecem smartphones e acessórios para celular.
Nos próximos meses, o BazzApp deve ganhar uma ferramenta que vai mandar sugestões de presentes que os internautas podem dar a um amigo em seu aniversário, com base nos dados dele, caso também seja usuário do aplicativo.
Aragão afirma que essas informações sobre os usuários não são compartilhadas com os vendedores do bazar, que têm acesso apenas a dados como e-mail e endereço do internauta quando ele faz uma compra.
Mesmo assim, para o empresário, o "brasileiro não se preocupa tanto com privacidade como [o consumidor] lá fora". "E o valor agregado do sistema, de fazer as pessoas comprarem melhor, acaba compensando."
A empresa recebeu um primeiro aporte de R$ 300 mil de investidores-anjo e agora negocia rodadas maiores de investimento, vindas de fundos.