Os irmãos Raymond e Thomas Highers, de 46 anos, foram liberados da prisão do Condado de Wayne, em Ohio, nos Estados Unidos, na última semana graças a um post no Facebook. Detidos há cerca de 25 anos por suspeita de homicídio, os dois homens ganharam o direito de pagar fiança de US$ 10 mil (R$ 20 mil) cada para deixar a cadeia ? graças a uma publicação de uma vizinha deles na época do crime na rede social.
O caso é um tanto quanto curioso. Os homens haviam sido condenados à prisão perpétua por terem assassinado um traficante de drogas que vivia em Detroit, no ano de 1987. Mas agora, duas décadas e meia depois, uma mulher identificada como Mary Evans postou na rede social uma notícia sobre o ocorrido, chamou a atenção de supostas testemunhas não conhecidas do caso e deu início a uma grande reviravolta na vida dos irmãos.
?Os últimos dias foram como um furacão?, resumiu Thomas Highers.
Segundo a rede de notícias CNN, um homem que teria morado com o tal traficante foi encontrado e afirmou que ?quatro homens negros? teriam invadido a casa para assassinar o rapaz. O detalhe é que Raymond e Thomas Highers são brancos. O depoimento desta nova testemunha foi o bastante para os advogados de defesa dos irmãos entrarem com um pedido de outro julgamento.
?Esses homens sempre se disseram inocentes e agora, finalmente, por causa do Facebook, foram encontradas testemunhas do que aconteceu. As informações são de credibilidade e muito importantes?, afirmou Janet Napp, advogada dos irmãos.
O juiz Lawrence Talon aceitou e marcou a audiência para o próximo dia 29 de agosto. Até lá, ambos aguardam em liberdade a sentença ? depois de terem pago US$ 10 mil (R$ 20 mil) cada de fiança. E a expectativa é de que Raymond e Thomas sejam inocentados de vez no próximo julgamento - vinte e cinco anos depois.
?Conheço eles há alguns anos, mais de uma década, e nunca mentiram sobre nada para mim. Eles constantemente diziam que eram inocentes?, revelou Carol Howes, delegada da Lakeland Correctional Facility, onde os irmãos cumpriram a primeira metade da sentença.