Em uma forma de manifestação polêmica contra a vigilância em massa promovida pelas câmeras de segurança, um designer norte-americano criou máscaras faciais que podem dar aos seus donos uma identidade diferente. Leo Selvaggio usa uma impressora 3D para fazer com borracha um rosto artificial que pode enganar os sistemas de proteção remotos. Os rostos postiços já podem ser adquiridos pela internet.
A máscara reproduz as características faciais e o tom de pele de uma pessoa com uma precisão surpreendente, enganando câmeras e permitindo a seus usuários terem uma ?identidade alternativa quando em público?.
?Eu não sou contra segurança?, diz Selvaggio. ?O que eu espero, na verdade, é proporcionar um debate público sobre a vigilância e como isso afeta o comportamento de uma pessoa num espaço público. Nós mudamos quando observados. Passamos a atuar em vez de ser?.
Concebido como parte do empreendimento contra a vigilância do artista, a impressora em três dimensões faz a leitura digital de um rosto e, a partir desse arquivo, cria uma máscara de borracha idêntica ao rosto ?lido?. Através de um site, Selvaggio já oferece esse serviço a qualquer pessoa. Uma máscara de cabeça completa custa pouco mais de R$ 160.
A questão polêmica é saber se esse tipo de máscara terá o uso autorizado pelo governo americano, que ainda não se pronunciou sobre o produto.