Bancos e teles fazem acordo para viabilizar pagamento móvel

Segundo Febraban, modelo de serviço já foi definido e implementação inicia entre agosto e setembro.

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Depois de muita discussão entre bancos e teles para definição de um modelo ideal, o Brasil está perto de ter um sistema de pagamento pelo celular. Quem garante a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que anunciou durante o Ciab 2011 que o mobile payment começa a ser implementado no segundo semestre.

?Chegamos a um consenso e agora o m-payment vai sair. Esperamos que entre final de 2011 e início de 2012 já seja possível fazer pagamentos pelo celular?, informou o coordenador do grupo de trabalho de Mobile Payment da Febraban, Claudio Almeida Prado.

O serviço é para transações de pagamentos de pequenos valores, como para empregados domésticos e prestadores de serviços. Atualmente, muitos correntistas sacam dinheiro dos caixas eletrônicos para fazer essas operações.

Segundo Prado, o ambiente evoluiu porque a aceitação do celular não para de crescer no Brasil. Os bancos querem se apoiar nessa tecnologia para bancarização. O executivo informa que 71% dos micropagamentos ainda são realizadas em dinheiro em espécie.

Essas operações geram custos para as instituições com a logística de transporte das cédulas. Para diminuir esses gastos, os bancos sentaram à mesa e definiram um modelo de operação que poderá ser utilizado por todas as instituições, independentemente de terminal e de operadora para gerar escala.

Para implantar esse modelo, os bancos decidiram que a identificação dos usuários nas transações será pelo celular. Assim, o correntista que quiser mandar um DOC para outra pessoa, vai fazer a transferência, utilizando o número da linha.

O correntista terá um aplicativo do seu banco no celular e, segundo Prado, a transferência será simples. Ele poderá entrar na sua lista de contatos e mandar um SMS para o banco, solicitando o crédito para determinada conta. Seu banco mandará uma mensagem de volta informando que se a operação foi concretizada.

No momento, os bancos estão discutindo a regulamentação para definir o limite de valor por transação e por dia. Esse processo deverá passar pelo Banco Central para formalizar os mecanismos que vão garantir que os valores sejam creditados em tempo real.

Segundo Prado, os bancos vão utilizar a mesma infraestrutura de TI existente atualmente para processar as operações de m-payment. ?O que teremos é uma câmara de compensação diferenciada?, diz o executivo.

Os bancos fecharão acordos com as teles para as tarifas do SMS. De acordo com Prado, cada instituição negociará seu contrato para gerar competição.

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