Banda larga fixa no Brasil tem os impostos mais caros do mundo

O documento mostra que, em média, 40% das contas pagas no ano passado são destinados aos tributos

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Todo mundo já meio que suspeitava disso e, agora, a União Internacional de Telecomunicação (UIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU) especializada em tecnologias de informação e comunicação, confirma: o Brasil tem a maior carga tributária de banda larga fixa do mundo. Os dados foram apresentados na terça-feira, no relatório de Medição de Desenvolvimento Digital, com a análise dos preços praticados pelo setor de telecomunicações mundo afora em 2019.

O documento mostra que, em média, 40% das contas pagas no ano passado são destinados aos tributos. Em 2018 era ainda mais alto, o equivalente a 40,15%. O Brasil é líder entre os maiores valores cobrados, enquanto a Zâmbia, com 33%, vem na segunda colocação. Grécia e a República Dominicana aparecem na sequência, com 30%, e Croácia, Suécia, Bielorússia e Turquia cobram 25%.

Na banda larga móvel, a situação é semelhante, com tributos de 40% sobre o valor total da conta. Apenas Egito (43%) e Jordânia (46%) exigem mais do que o governo brasileiro. Segundo o relatório da UIT,  nos dez países com planos mais baratos de pacotes premium (voz e dados) o imposto vai de 0% a 25%. E isso acontece também com a banda larga — o que nos faz lamentar ainda mais o quanto pagamos para navegar na web por aqui.

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