O Brasil superou 15 países e ficou em 3º lugar na categoria Open Soccer, modalidade Superteam, da edição 2013 da RoboCup Jr., uma competição mundial de robótica voltada a estudantes do ensino fundamental e médio. É o melhor resultado conquistado pelo país desde 2006, quando o Brasil passou a competir.
A equipe brasileira, chamada de EmeroCHS, é formada por alunos dos estados de São Paulo, Pernambuco e Espírito Santo.
Do Colégio Objetivo, de São Paulo, são Renato Ferreira Pinto Júnior (concluiu o ensino médio no ano passado e foi aceito no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT), de 18 anos; Bruna Ianaconi Fusco, 15; Gabriel Queiroz, 15; e Raul Dario Tapia, 17. Do Instituto Federal de Espírito Santo (Ifes) são: André Seidel Oliveira, 18; Ivan Seidel Gomes, 18; Abílio Marcos Coelho de Azevedo, 18; e Matheus Pimentel Canejo Pinheiro da Cunha,17. Do Colégio Santa Emília, de Pernambuco, há um aluno: Lucas Cavalcanti dos Santos, 17.
A Open Soccer consiste numa partida de futebol, em que cada uma das duas equipes competem com cinco robôs autônomos, numa arena de aproximadamente 60 metros quadrados. Os robôs têm formato cilíndrico, pesam 2,4 kg e contam com mais de cem sensores e combinação de dois a três controladores.
Pelas regras da RoboCup Jr. os robôs jogadores de futebol devem, sem nenhum controle externo, identificar e disputar a bola e, de posse dela, driblar os oponentes e conduzir a bola ao gol adversário. "Trata-se de uma categoria muito difícil, pois além da tarefa típica de um jogador de futebol, o robô não pode ultrapassar as quatro linhas que delimitam o campo", afirma Luís Rogério da Silva, coordenador dos cursos especiais do Colégio Objetivo.
O torneio foi realizado em Eindhoven, na Holanda, de 26 a 30 de junho, a RoboCup contou com cerca de 3 mil participantes de 30 nações. Para garantir a vaga, Renato Ferreira Pinto Júnio, Bruna Ianaconi Fusco e Gabriel Queiroz foram campeões na categoria Soccer, na Latin American Robotics Competition (LARC), e conquistaram também o 3º lugar na categoria Rescue, da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), ambos eventos realizados em outubro do ano passado, em Fortaleza.
Os robôs
Para funcionarem, os robôs de futebol exigem que sejam criadas formas de localização no espaço do campo, de percepção de quais são os robôs em jogo e de distribuição dos papéis de goleiro e de atacante, além de meios de comunicação entre as máquinas para que possam ocorrer as tão conhecidas "jogadas ensaiadas".
Luís Rogério explica que ela é a mais complexa da RoboCup Jr., pois é considerada como um rito de passagem para a RoboCup Major, voltada apenas a graduados e pós-graduados no ensino superior.