Capacetes para Covid-19 começarão a ser testados

Equipamentos permitem um sistema de ventilação sem a necessidade de entubação dos pacientes

| Divulgação
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O Hospital das Clínicas de São Paulo esperar receber até o fim desta semana os primeiros protótipos de capacetes que funcionariam como respiradores menos invasivos para pacientes da Covid-19. Eles foram projetados por pesquisadores brasileiros e serão produzidos também por empresas nacionais. Informações do site Globo.com

O pneumologista e responsável pela UTI do HC, Carlos Carvalho, disse nesta terça-feira que os capacetes serão testados no hospital antes de serem liberados para toda a rede de saúde. Para isso, entretanto, será necessária a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os capacetes foram usados na Europa no combate à pandemia do novo coronavírus. No entanto, devido à grande procura mundial, o Brasil não conseguiu importar o equipamento. Eles funcionam como um sistema de ventilação sem a necessidade de entubação. Portanto, os capacetes são indicados para pacientes menos agravados das UTIs.

- O consumo deste equipamento foi muito grande na Europa depois da crise da Itália. Então não foi possível importar. Alguns pesquisadores brasileiros desenvolveram alguns capacetes que já estão em fase de teste com resultados positivos. As empresas estão prontas para começar a produzir. Eu ligo quase todos os dias para os pesquisadores e eles prometeram entregar até sexta-feira os primeiros protótipos no Hospital das Clínicas. Isso vai ser um desafogo muito grande para nossa sistuação - disse Carvalho.

O governo do estado espera ainda a chegada de um lote de 3 mil respiradores comprados no exterior. Os primeiros 500 estão previstos para chegar a São Paulo até quinta-feira. Eles serão distribuídos prioritariamente para hospitais da região metropolitana de São Paulo. Com a chegada dos equipamentos, a Secretaria Estadual da Saúde promete habilitar cerca de 1.800 leitos em todo o estado.

- O mais difícil hoje para abrir um leito no estado é conseguir um respirador - disse o secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann.

O estado contabilizava nesta tarde 3.457 leitos de UTI ocupados e 5.448 pacientes em enfermarias. A taxa de ocupação dos hospitais estava em 85% na capital paulista e 70% no estado.

O índice de isolamento social permaneceu na segunda-feira abaixo de 50%. Na cidade de São Paulo a adesão à quarentena ficou em 48% e no estado em 47%. O coordenador do centro de contingência do coronavírus, David Uip, classificou o patamar de "extremamente preocupante"

- Não é possível trabalhar com esse número. Teremos problemas sérios de assistência dentro de um mês - afirmou Uip.

Ele também fez um apelo ao Ministério da Saúde para dar prioridade ao estado de São Paulo na liberação de equipamentos solicitados pelo governo para enfrentar a pandemia.

- Nós precisamos ser urgentemente atendidos nas solicitações que o secretário da Saúde fez e rapidamente. Não adianta mandar respiradores para agosto - protestou o coordenador do centro.

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