Estudo desenvolvido pelo Instituto Nokia de Tecnologia (INdT) afirma que os celulares falsificados, além de deixarem os consumidores insatisfeitos, prejudicam as empresas do setor e a economia local. No total, 44 aparelhos piratas foram analisados e comparados a dispositivos originais homologados.
De acordo com a pesquisa, os celulares avaliados falharam em 26% das tentativas de ligações e, das estabelecidas, 24% caíram. Além disso, em locais alguns onde os originais funcionavam perfeitamente, os falsificados mal se conectavam à rede, dada a sua baixa capacidade de transmissão.
?Mercados emergentes experimentaram recentemente um aumento significativo na venda de telefones falsificados, que representam um problema para consumidores, para a indústria de telecomunicações e para o governo?, disse Aderbal Bonturi Pereira diretor do Fórum das Fabricantes de Celulares (MMF, na silha em inglês) para a América Latina. ?No Brasil, por exemplo, há estimativas de que os ilegais representem aproximadamente 20% do setor?.
O INdT investigou tanto as imitações, que têm a marca de uma empresa inscrita ou que se assemelham a aparelhos consagrados, quanto os genéricos, que, supostamente, não pertencem à companhia nenhuma. Como pontos em comum, eles não são homologados pela Anatel, não estão em conformidade com as leis do consumidor e podem infringir direitos de propriedade intelectual, além de não renderam os impostos que deveriam ser pagos aos governos.
O diretor sênior de Relações com o Governo da Research In Motion (RIM) para a América Latina, Adrean Scheid Rothkopf, destacou que os dispositivos falsificados ?inevitavelmente desapontam?. Costumeiramente, eles combinam ?componentes antigos com peças sobressalentes de baixa qualidade dentro de uma carcaça projetada para parecer com um telefone novo original?.
O INdT testou o desempenho dos aparelhos em relação à falhas de acesso, queda de ligações, capacidade de handover ? que mantém a ligação do celular enquanto se move entre células ? capacidades e controle de transmissão de energia e acesso à internet. Os métodos de teste utilizados são internacionalmente padronizados pelo 3GPP (Projeto de Parceria para a Terceira Geração).