Nos anos 1990, o antropólogo britânico Robin Dunbar começou a estudar grupos sociais de vários tipos de primatas e notou que eles tendem a manter contato social com um número limitado de indivíduos em seu grupo. Os com maior cérebro tinham mais amigos e ele concluiu que a quantidade de amigos de um primata estava associada ao volume do cérebro. Diante disso, ele descobriu que o máximo de amigos que um ser humano é capaz de lidar, ao mesmo tempo, é 150. Desde então, vários estudos tentam medir o número de pessoas que um indivíduo tem capacidade para manter contato regular ? e muitos confirmam a quantidade de Dunbar.
Na última década, no entanto, redes sociais mostraram uma profunda influência no modo como as pessoas se conectam. O Twitter, por exemplo, facilita a comunicação entre os amigos e, era de se imaginar, que este número seria ampliado. Uma pesquisa da Universidade de Indiana, com base na rede de links criados por três milhões de usuários do Twitter ao longo de quatro anos, confirmou que o número fica entre 100 a 200. Segundo o coordenador da pesquisa, Bruno Gonçalves, é preciso, primeiro, definir amizade no Twitter ? o que não é simplesmente seguir e ser seguido por alguém, mas manter uma troca regular de tweets. ?O estudo sugere que, mesmo com as redes sociais modernas nos ajudando a estar em contato com pessoas com quem interagimos, elas não foram capazes de superar as restrições biológicas e físicas que limitam as relações sociais estáveis?, disse.
Uma pesquisa da Pew Internet & American Life Project revelou que 14% dos adultos (35 a 44 anos) nos EUA usam o Twitter ? mais do que os 8%, em novembro de 2010. Na faixa etária de 25 a 34 anos, o número dobrou em um ano ? de 9% para 19%. Ainda segundo o estudo, 95% dos usuários têm aparelhos móveis e metade destes usam acessam o serviço por meio deles. Os afrodescendentes e latinos continuam a ter os maiores índices de adoção do serviço ? 25% deles usam a ferramenta ocasionalmente e 11% diariamente.