Três pessoas foram condenadas na China à prisão e a multas por terem roubado informações sobre o design do iPad 2 e lançado produtos piratas relacionados ao da Apple antes que esse fosse lançado no país, informou nesta quinta-feira o jornal local Guangzhou Daily.
Entre os detidos está Lin Kecheng, um funcionário da Foxconn, gigante eletrônico taiuanês que produz o iPad e o iPhone para a Apple na China. Ele foi condenado a uma pena de um ano e dois meses de prisão e terá que pagar uma multa de US$ 15,4 mil.
Uma ex-trabalhadora da mesma empresa, Hou Pengna, foi condenada a dois anos de prisão - embora a pena ainda possa ser comutada - e a pagar US$ 4,6 mil. O terceiro condenado é Xiao Chengsong, funcionário da companhia rival Maita Electronics. Ele recebeu pena de 18 meses de prisão, além de uma multa de US$ 23 mil.
Aparentemente, em julho de 2010, Xiao pediu a Hou que lhe oferecesse dados sobre o iPad 2, e esta entrou em contato com Lin (subdiretor do departamento de sondagem de mercado da Foxconn), que roubou e vendeu dados deste produto à ex-funcionária.
Posteriormente, a Maita começou a produzir em uma fábrica de Dongguan (sul da China) capas para o iPad 2 antes que este chegasse ao mercado, aparentemente copiadas dos desenhos originais, e até as apresentou em uma feira de tecnologia nos Estados Unidos.
O iPad 2 foi lançado oficialmente na China em maio, em meio a uma grande expectativa que provocou inclusive tumultos na loja oficial da Apple em Pequim.
No ano passado, surgiram versões piratas do iPad, chamadas "iPed" e vendidas no mercado chinês a preços muito mais baixos que o original, embora o produto tenha recebido várias críticas de usuários devido à sua má qualidade e à menor oferta de serviços.