Crescimento de países pobres eleva pirataria, diz entidade

Expansão global do mercado de PCs aumenta peso da pirataria nos países pobres; com 54%, Brasil tem um dos menores índices da América Latina.

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O crescimento do uso de PCs nos países em desenvolvimento tem elevado o valor de mercado de softwares pirateados a níveis recordes, aponta um estudo anual produzido pelo IDC para o grupo de lobby Business Software Alliance (BSA).

O porcentual de programas piratas ficou em 42% na média dos 116 países avaliados pelo 2010 Piracy Study ? uma queda de 1 ponto porcentual em relação ao índice do ano anterior.

Na América Latina, esse índice é mais alto: 64%. Mais até do que o Brasil, que segundo a pesquisa tem índice de pirataria de 54%, igual ao da Colômbia. Segundo a BSA, este é o quinto ano que o Brasil registra queda no índice de pirataria. Os softwares pirateados em território brasileiro teriam valor de mercado aproximado de 2,6 bilhões de dólares.

A média é puxada pelos outros países da região. Na Argentina, o índice de pirataria é de 70%; na Venezuela, de 88%; no Chile, de 62% e no México, de 58%.

Valor maior

Em termos globais, no entanto, o valor de mercado destes softwares - estimado em 58,8 bilhões de dólares - aumentou 14% em relação a 2009, afirmou a organização, que o compara aos 95 bilhões de dólares gastos com software para PC em todo o mundo.

Como nos estudos anteriores da BSA, os países pobres pirateiam mais e os ricos, muito menos.

Encabeçam a lista países como Geórgia (93% de pirataria), Zimbábue (91%), Bangladesh e Moldávia (90% cada). Em seguida vem uma longa fila de países pobres e em desenvolvimento, com índices de pirataria superiores ou iguais a 80%. A China, alvo tradicional de queixas antipirataria, registrou índice de 78%.

As menores taxas de pirataria foram registradas em países desenvolvidos. Esta lista é liderada por Estados Unidos, Japão e Luxemburgo (todos na casa dos 20%), que ficaram ligeiramente acima de outros países igualmente ricos como Nova Zelândia (22%), Austrália (24%) e Alemanha e Reino Unidos (ambos com 27%).

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