Imagine um robô com formato de peixe capaz de detectar substâncias tóxicas em rios e lagos. Essa foi a tecnologia que cientistas da Michigan State University (MSU) desenvolveram com o propósito de analisar a pureza da água em ambientes aquáticos. Batizado de Grace, o aparelho é equipado com uma série de sensores que permitem a coleta de dados sobre temperatura e qualidade do recurso.
Projetado e construído por Xiaobo Tan, professor de engenharia elétrica e informática da MSU, e sua equipe, o peixe tem dois tipos de locomoção: nadar e deslizar. Desta forma, o aparelho consegue viajar longas distâncias de forma energeticamente equilibrada, ou seja, com menos possibilidade da bateria ser descarregada.
?A natação exige um constante bater de cauda, o que poderia acarretar em uma perda constante de bateria. Por essa razão, elaboramos uma forma de fazer com que o aparelho deslizasse também, a fim de evitar transtornos por causa da bateria? ? disse Tan.
De acordo com o professor, o robô consegue deslizar através de uma bomba que empurra a água para dentro e fora do peixe. Além disso, a embalagem da bateria fica dentro de uma espécie de trem que se move para frente e para trás, em sincronia com a ação de bombeamento. Tal exercício permite que o robô deslize através da água em um caminho desejado.
No final de 2012, Tan e sua equipe de pesquisadores levaram Grace para um test drive no rio Kalamazoo e a tecnologia superou todas as expectativas. Segundo o professor, o sensor conseguiu detectar os locais onde houve derramamento de petróleo em 2010.