O artista digital americano Michael Tompert, em parceria com o também artista Paul Fairchild, destruiu uma dezena de produtos da Apple, que incluem iPod, iPads e iPhones. O resultado foi uma coleção artística baseada na beleza visual e inspirada não pela raiva à companhia da maçã, mas pela "necessidade de combater a glamourização dos produtos da Apple", afirmou Tompert ao Terra.
Michael e Paul são ex-funcionários da Apple. O ponta-pé para a criação do trabalho artístico aconteceu, no entanto, a partir de uma situação caseira. "Eu vi meus dois filhos brigando porque o iPod touch de um deles tinha um aplicativo que o outro não tinha. Eles brigavam aos berros. Foi então quando eu decidi colocar um basta na situação, peguei o dispositivo e arrebentei no chão", confessou o artista.
Nascida a ideia, a questão era reunir uma boa quantia de dinheiro para comprar os produtos da Apple. "Sim, eles precisavam ser todos novos, saídos direto de uma loja da Apple", falou Tompert. A exigência, para ele, tem pouco a ver com a efeito visual e mais com o conceito envolvido por trás de um aparelho novo. "Para mim, tem a ver com a relação que se tem com o novo, o aspecto fashion ligado a ele e - em se tratando da Apple - ninguém se importa mais com o aspecto fashion do iPhone do ano passado", exemplificou.
Tompert, no entanto, não é uma pessoa que alimenta o ódio pela companhia fundada por Steve Jobs. "Muito pelo contrário. Eu sou grande fã. Como artista que trabalha com o 3D, eu não poderia de maneira alguma fazer o meu trabalho sem um Mac", concluiu o artista, que acrescentou que as imagens causam espanto e admiração, ao mesmo tempo, porque revelam o aspecto tecnológico escondido por detrás dos produtos da Apple. "Eu quis evidenciar a relação de amor e ódio", finalizou.
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