Um estudo divulgado pela empresa de segurança Nexgate revela que a quantidade de spam em redes sociais tem aumentado e que o Facebook é o campeão na disseminação destas mensagens em plataformas de interação com uma incrível proporção de 100 para 1 em relação a rivais.
O relatório, divulgado na terça-feira (1) pela companhia, analisou mais de 60 milhões de posts e comentários feitos no Facebook de uma média de 25 milhões de usuários.
A pesquisa também investigou posts do Twitter, Google+, YouTube e Linkedin no período entre 2011 e 2013. E constatou que uma em cada 21 mensagens contém conteúdo duvidoso, e que 15% de todo o spam contém links para fontes potencialmente perigosas na Internet.
Uma das redes sociais mais usadas do mundo, o Facebook é um dos alvos favoritos dos cibercriminosos, registrando quatro vezes mais ataques de phishing que a concorrência - o termo se refere a "pescaria" em português; pois tem o objetivo de "pescar" dados do usuário.
O Facebook também empata com o YouTube quando o assunto são as redes que mais recebem spam, em uma proporção de 100 para um em relação a outras redes sociais. Ou seja, para cada um comentário de spams encontrados em outras redes sociais na Internet, há cem comentários de spams publciados no Facebook e no YouTube (site de upload de vídeo).
O site de vídeos do Google também registrou cinco vezes mais conteúdo violento ? como ameaças, preconceito e insultos ? que as redes sociais analisadas pelo levantamento.
O estudo constatou também que perfis falsos publicam conteúdo mais rapidamente que contas autênticas, e cada spammer posta em pelo menos 23 contas diferentes. No quesito aplicativos, foi verificado que 5% deles são publicadores de spam, enquanto 20% são encontrados nas contas sociais de grandes marcas. Já em relação ao conteúdo, cerca de 15% de todos os spams contém links que levam a site de pornografia ou malware.
Outro dado revelado é que a quantidade de spam em redes sociais cresce mais que a taxa de comentários legítimos: atualmente, uma de cada 200 mensagens contém este tipo de mensagem.
De forma impressionante, o crescimento alcançou taxas de 335% no início de 2013. Segundo a Nexgate, o investimento em publicidade por marcas em mídias sociais deve chegar a US$ 7 bilhões em 2013 (cerca de R$ 15,5 bilhões), enquanto o dinheiro gerado por spam somente no Facebook é estimado em US$ 200 milhões (mais de R$ 442 milhões).
?O aumento do spam em redes sociais traz problemas para grandes marcas e cria problemas de marketing?, alerta o CEO e co-fundador da Nexgate, Devin Redmond. ?Quem ignora spam está prejudicando a efetividade de seus programas e a confiança de sua marca.
Os times que lutam contra isso têm problemas porque suas ferramentas não são desenhadas para a natureza sofisticada do problema, o que faz com que eles sejam obrigados a remover o spam usando seus times internos ou terceirizados, o que acaba dobrando os custos?, acrescenta.