Na primeira pegada, o relógio inteligente Galaxy Gear parece apenas uma coisa: um relógio em que é difícil de ver as horas. Mas o gadget lançado pela Samsung nesta quarta-feira em Berlim traz boas funções para o usuário que quer executar ações simples no smartphone sem tirá-lo do bolso.
Na primeira impressão, a sensação que dá é o que o dispositivo pegou do relógio tradicional apenas o formato, já que ver as horas é uma tarefa difícil: com a tela apagada, é preciso pressionar o botão lateral - o único do Gear - para ativar o aparelho.
Sem mais nenhum botão, o relógio obriga o usuário a se adaptar a movimentos na tela para executar as funções, uma adaptação que leva poucos minutos. Arrastando o dedo de cima para baixo, a câmera é ativada. Da mesma forma, se está usando um aplicativo, ele retorna para a tela anterior. Arrastando o dedo de baixo para cima o movimento ativa o aplicativo de ligação.
Com a câmera ativada, basta um toque na tela para tirar uma foto. O app ainda tem um pequeno submenu para escolha de algumas das configurações e uma opção para alterar o modo de foto para vídeo.
Arrastando os dedos para o lado, o usuário pode escolher a opção do relógio: aplicativos, configurações, agenda ou registro de ligações, por exemplo. Para atender a uma ligação, o único movimento necessário é levar o aparelho até a orelha e começar a falar.
Para carregar a bateria, basta encaixá-lo em uma base conectada em uma tomada. Segundo a Samsung, a maior preocupação com relação ao Gear - quanto tempo teria de autonomia um aparelho com uma bateria tão pequena - foi resolvido: ele aguenta até 25 horas, tempo suficiente para colocar na tomada antes de dormir e de mais um dia de uso.
No primeiro teste, deu para notar que essa é uma aposta alta da Samsung para se inserir no que parece ser o futuro: a onda dos gadgets de vestir. Com uma tela que responde bem e rápido aos toques e uma câmera de resolução bastante baixa - apenas 1,9 megapixel -, o Galaxy Gear vem para quem acha que tirar o celular do bolso para executar ações como atender o telefone, tirar uma foto rápida ou saber quem mandou e-mail é uma perda de tempo.
"Sem tirar o celular do bolso", por sinal, foi uma espécie de mantra repetido à exaustão durante o lançamento pelos executivos da empresa.